Nel mezzo del camin...


Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
.
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
.
Hoje, segues de novo...Na partida
Nem o pranto os teus olhos humedece,
Nem te comove a dor da despedida.
.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
.
Olavo Bilac 1865-1918
in melhores poemas de Olavo Bilac, selecção Marisa Lajolo, 3ª edição S. Paulo Global 2000

3 comentários:

    Bonito poema ! ;)

    Paula, por acaso sabes se será o Olavo Bilac que escreve as letras das suas canções ?

    Bjinhos

     

    Butterfly:
    Desculpa o lapso de não ter colocado de onde retirei o poema. Mas já corrigi esta falha.

    Olavo Bilac 1865-1918
    in melhores poemas de Olavo Bilac, selecção Marisa Lajolo, 3ª edição S. Paulo Global 2000


    Também acho este poema lindo. Dele é o meu preferido.

    Bjs

     

    O poema é lindo mas é triste... Não conhecia este poeta. Gostei. :)

     

Blogger Templates by Blog Forum