Os Meninos que Enganavam os Nazis é uma história verídica. A luta pela sobrevivência contada por um menino judeu na França ocupada pelos nazis. 


Sinopse:
1941, Paris é uma cidade ocupada pelos exércitos nazis. O poder de Hitler controla a França; as perseguições e o medo pairam por todo o país. Joffo, um respeitado barbeiro judeu, decide dispersar a sua família de forma a evitar o destino cruel que os espera a todos. Depois da fuga dos filhos mais velhos, perante o perigo sempre à espreita, Joseph, de apenas dez anos, e Maurice, de doze, deixam também a capital, entregues a si próprios, para tentarem escapar à brutalidade e à morte. Uma impressionante história autobiográfica, narrada pelo irmão mais novo, cuja espontaneidade, ternura e humor comprovam o triunfo da amizade, da generosidade, do espírito de entreajuda.


Opinião:
Nesta obra temos o relato das memórias de Joseph Joffo (tinha ele dez anos) durante o período da ocupação nazi em França. Joseph vive em Paris e tem uma infância feliz, até ao dia que é obrigado a usar uma estrela amarela no peito do casaco e na escola é mal tratado por alguns colegas, pelo simples facto de ser judeu. Até à data Joseph nem sabia o que era um Judeu. Foi no decorrer destes acontecimentos, sentindo que os filhos corriam perigo, que os pais resolveram fazer a mala de Joseph e do seu irmão Maurice (de 12 anos) e se separaram. Sozinhos e com algum dinheiro no bolso, estes dois meninos foram se tornando cada vez mais perspicazes e foram ultrapassando os vários obstáculos até chegarem a Nice, onde se encontravam os seus irmãos mais velhos.  
Mas a história não termina aqui, muito ainda tiveram de passar para sobreviver.
Durante todo o percurso que fizeram e nas mais diversas situações até à libertação de França, conheceram diversas pessoas (nazis e não só), desde as que os desconheciam e sem os meninos pedirem os ajudavam, como passaram por pessoas que mesmo não os conhecendo odiavam-nos a eles e a todos os outros, eram pessoas que só tinham ódio no coração. O pequeno Joseph e o seu irmão Maurice perderam a sua infância e tiveram de rapidamente crescer e serem perspicazes e adaptar-se às circunstâncias, tiveram de negar até ao fim as suas origens, para sobreviverem.
Este livro lê-se em três tempos, tal é a empolgação que ficamos por saber o que vai acontecer de seguida. Tem momentos que nos faz rir, mas tem muitos em que ficamos de coração apertado e lágrima no olho. Uma obra, em que os acontecimentos dessa época são vistos e descritos, pelos olhos inocentes e o coração puro de uma criança. Um livro de uma grande beleza.

Retiro um parágrafo do texto que me tocou bastante… Porque as crianças são mais fortes do que muitas vezes nós adultos pensamos e conseguem lutar até ao fim, mas nunca ninguém lhes deveria tirar o que têm de mais precioso, a alegria de viver a sua infância, na sua inocência e ao lado da sua família.

"Até agora penso ter acreditado sair da guerra ileso, mas poderei estar muito enganado. Não me tiraram a vida, mas foi pior. Roubaram-me a infância. Mataram dentro de mim o menino que eu podia ter sido... Ter-me-ei tornado demasiado áspero, demasiado cruel. Quando prenderam o meu pai, eu nem sequer chorei. Um ano antes não teria aguentado."


Para mais informações passem por aqui.

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