“Uma Coluna de Fogo” de Ken Follett (Opinião)
19/10/2017 by Lígia
Sinopse:
Natal de 1558. O jovem Ned Willard regressa a Kingsbridge
e descobre que o seu mundo mudou. As velhas pedras da catedral de Kingsbridge
contemplam uma cidade dividida pelo ódio de cariz religioso. A Europa vive
tempos tumultuosos, em que os princípios fundamentais colidem de forma
sangrenta com a amizade, a lealdade e o amor. Ned em breve dá consigo do lado
oposto ao da rapariga com quem deseja casar, Margery Fitzgerald.
Isabel Tudor sobe ao trono, e toda a Europa se vira contra a Inglaterra. A jovem rainha, perspicaz e determinada, cria desde logo o primeiro serviço secreto do reino, cuja missão é avisá-la de imediato de qualquer tentativa quer de conspiração para a assassinar, quer de revoltas e planos de invasão. Isabel sabe que a encantadora e voluntariosa Maria, rainha da Escócia, aguarda pela sua oportunidade em Paris. Pertencendo a uma família francesa de uma ambição brutal, Maria foi proclamada herdeira legítima do trono de Inglaterra, e os seus apoiantes conspiram para se livrarem de Isabel.
Tendo como pano de fundo este período turbulento, o amor entre Ned e Margery parece condenado, à medida que o extremismo ateia a violência através da Europa, de Edimburgo a Genebra. Enquanto Isabel se esforça por se manter no trono e fazer prevalecer os seus princípios, protegida por um pequeno mas dedicado grupo de hábeis espiões e de corajosos agentes secretos, vai-se tornando claro que os verdadeiros inimigos, então como hoje, não são as religiões rivais. A batalha propriamente dita trava-se entre aqueles que defendem a tolerância e a concórdia e os tiranos que querem impor as suas ideias a todos, a qualquer custo.
Isabel Tudor sobe ao trono, e toda a Europa se vira contra a Inglaterra. A jovem rainha, perspicaz e determinada, cria desde logo o primeiro serviço secreto do reino, cuja missão é avisá-la de imediato de qualquer tentativa quer de conspiração para a assassinar, quer de revoltas e planos de invasão. Isabel sabe que a encantadora e voluntariosa Maria, rainha da Escócia, aguarda pela sua oportunidade em Paris. Pertencendo a uma família francesa de uma ambição brutal, Maria foi proclamada herdeira legítima do trono de Inglaterra, e os seus apoiantes conspiram para se livrarem de Isabel.
Tendo como pano de fundo este período turbulento, o amor entre Ned e Margery parece condenado, à medida que o extremismo ateia a violência através da Europa, de Edimburgo a Genebra. Enquanto Isabel se esforça por se manter no trono e fazer prevalecer os seus princípios, protegida por um pequeno mas dedicado grupo de hábeis espiões e de corajosos agentes secretos, vai-se tornando claro que os verdadeiros inimigos, então como hoje, não são as religiões rivais. A batalha propriamente dita trava-se entre aqueles que defendem a tolerância e a concórdia e os tiranos que querem impor as suas ideias a todos, a qualquer custo.
Opinião:
Uma boa notícia para
começar… Quem está na indecisão de ler ou não este livro, porque pensa que tem
de ler primeiro “Os pilares da Terra - volume 1 e 2” e “Um Mundo sem fim -
volume 1 e 2”, desde já vos digo que não é obrigatório. Eu já li os quatro
volumes (recomendo), e realmente nesta nova obra, faz pequenas referências às
obras anteriores e também se passa em alguns locais (Kingsbridge) onde se desenrolam as outras obras, mas nada que vá
“prejudicar” o entendimento de todo este enredo. Por isso, força… se querem ler
primeiro esta obra… vale bem o tempo despendido nestas 767 páginas.
Eu adoro romance
histórico, e sei que nem todos os autores conseguem agarrar os leitores desde o
início até ao fim e espicaçar-lhes a curiosidade para o que a obra nos possa
reservar nas páginas seguintes. Ken Follet têm este dom.
Quanto a esta obra
propriamente… Ao longo do livro vamos tendo várias personagens, algumas que
existiram na realidade (já que o livro é baseado em factos verídicos) e outras
fictícias. Da forma como são descritas (de uma forma simples, mesmo as mais
complexas), na nossa imaginação vamos criando a sua figura e carácter, e formando
uma opinião. Claro que vamos criando ou não uma certa simpatia, como se de uma
personagem real se tratasse, com quem convivemos no dia-a-dia. Ao longo de
quase setenta décadas, algumas personagens mantêm-se, mas outras desaparecem e
novas vão fazendo parte. Tudo é descrito de uma forma tão simples e sem
floreados, que o leitor não precisa de uma “cábula” para não se confundir (de
qualquer forma no início, o livro tem a uma lista das personagens que vão
aparecer).
Ao longo das diversas
décadas descritas na obra vamos “saltando” pelos principais países da Europa
(Inglaterra, França, Espanha), e conhecendo os seus governantes (Reis,
rainhas), e os jogos de “bastidores” para se manterem no poder. Vamos
constatando que a religião está ligada à política, e em nome da religião se
cometem as maiores atrocidades. Ninguém é realmente livre de prestar o seu
culto, mas temos a tentativa de se chegar à liberdade religiosa.
Começamos por ter
como Rainha de Inglaterra, Maria Tudor. Uma rainha Cristã, que enquanto governou,
os protestantes eram perseguidos, e quem fosse apanhado a prestar o seu culto,
era morto da forma mais horrenda e sofredora (desde a fogueira, ao enforcamento
e esquartejamento). Muitos dos
protestantes eram “convertidos”, acabando por ter uma vida dupla, em que faziam
o “serviço” religioso cristão, mas às escondidas prestavam o seu real culto.
Então muitos dos cristão, principalmente os de mais alto estatuto, junto com o
clero acabavam por fazer o que bem entendiam para seu benefício, mas com a desculpa
que Deus quer assim. Foi assim que a família do jovem Ned (personagem fictícia
que permanece ao longo de toda a narrativa) que embora não fosse nobre, começou
a passar privações. Foi ao passar por essas injustiças, (embora a família dele
fosse cristã) aquando a morte da Rainha Maria Tudor, eles defenderam a subida
de Isabel Tudor. Isabel Tudor embora Protestante fechava os olhos, e deixava
que os cristãos prestassem o seu culto sem que fossem perseguidos, ou pelo
menos era a intenção dela, pois como se costuma dizer “o feitiço vira-se contra
o feiticeiro” e as atrocidades outrora cometidas pelos cristãos, começaram a
ser cometidas desta vez pelos protestantes, e os cristãos que não prestassem o
seu culto teriam de pagar uma multa. Ned Willards é uma das personagens, que
trata da segurança desta rainha, e vamos acompanhando o esforço, as atrocidades
e todo o jogo para a protecção desta.
Quem conhece bem este
autor de outras obras, encontra aqui uma mistura da componente histórica com a
espionagem que é habitual em outra suas obras.
Em França um país
Cristão tem a Rainha Catarina. É uma rainha moderada que quer a paz, e que
quando o Rei Henrique II morre, e os seus filhos menores se tornaram Reis
(estes tinham uma saúde muito frágil e com o seu falecimento, o irmão seguinte
sucedia ao trono), esta Rainha os acompanhou, e os protegeu, contra quem os
queria manipular para o seu próprio proveito. Ainda assim, temos muitas
passagens de violência e de perseguição, pois várias personagens de influência
os enganam com manipulações e intrigas.
Em Espanha, temos o
Filipe II, Filipe I de Portugal, o rei mais rico da Europa, que como Cristão,
se dedicou a tentar interromper o protestantismo. Nessa tentativa tentou
invadir Inglaterra por mar, para tirar Isabel Tudor do trono, mas acabou por
ser derrotado por uma pequena armada de Inglaterra.
Como se vê “Uma
coluna de Fogo” tem todos os ingredientes de uma obra de sucesso.
Recomendo, sem dúvida
nenhuma.
Opiniões da Paula e do Vasco, de outras
obras do autor:
Parece muito interessante!
Gosto dos livros de Ken Follet!
Dele gosto só dos romances históricos, os de espionagem não me cativam ;)
Quero muito ler este, adorei 'Os pilares da Terra' :) ofereceram-me recentemente os volumes do "Mundo Sem Fim", que hei-de ler primeiro. Ainda bem que a qualidade se mantém :D
Olá Mariana.
São todos muito bons, e apesar de terem um valente número de páginas, acaba-se por ler num instante.
Boas leituras ;)
Beijinhos