“Quando a Amizade me Seguiu até Casa” de Paul Griffin (Opinião)
19/07/2017 by Lígia
SINOPSE
FICÇÃO JUVENIL RECOMENDADA POR
MARKUS ZUSAK
Escolha
do Editor da New York Times Book Review
Seleção
da People Magazine
Ben
é órfão, tem doze anos e nunca foi bom a fazer amigos. Depois de ter conhecido
sucessivas famílias de acolhimento, está consciente de que as pessoas se podem
afastar de um dia para o outro. Ben gosta de passar o seu tempo a ler livros de
ficção científica. Porém, tudo muda na sua vida quando resgata um rafeiro que
encontrou nas traseiras da biblioteca de Coney Island. Flip, o cãozito, leva-o
a travar amizade com uma rapariga
chamada
Halley - sim, o mesmo nome do cometa. Halley também devora livros e convence
Ben a escrever um romance com ela. À medida que a escrita do livro avança, Ben
vê-se confrontado com uma série de peripécias e com o significado da amizade e
da família. Uma história adorável que emociona e encanta qualquer leitor.
opinião
Ben
é órfão, nunca chegou a conhecer os seus pais, foi deixado numa esquadra de
polícia tinha poucos dias de vida. Viveu sempre em casas de acolhimento, até
ao dia que conhece Tess, uma terapeuta da fala. Foi aí que a sua vida começou a
mudar, e Tess passou a ser a sua mãe e a ama-lo como um filho.
Ben
nunca fez amizades, como estava sempre a mudar de casa, achava que era
mais fácil assim, pois sofreria menos essa perda.
Até
ao dia que Ben ao fugir de um colega que
o maltrata, e ao esconder-se na biblioteca, acaba por ter de afugentar um gato
que estava a dar uma tremenda tareia a um cão pequenino. O cão estava em muito
mau estado, Ben tentou fazer-lhe uma festinha, mas ele fugiu assustado. Mais tarde
apercebe-se que o cão o está a seguir, acabando por o levar para casa, e para
sua surpresa, a sua mãe aceitou tudo muito bem.
O
cão era muito meigo, e foi assim que o novo dono para além da amizade do
cachorrinho, foi travando boas amizades, com o Chucky e a sua família, e a
rapariga arco-íris (filha da bibliotecária também sua amiga) que se chamava
Halley como o cometa.
Tanto
Halley como Ben adoram ler (embora temas diferentes), e os dois iniciam uma
novela muito curiosa.
Halley
chega a dizer:
“Há
livros que mudam a maneira de vermos o mundo. E depois há aqueles que mudam a
maneira como respiramos.”
“Achei”
uma forma engraçada de explicar o que os livros fazem por nós, e a meu ver é
bem verdade.
É
Halley quem acaba por dar o nome de Flip ao cachorrinho, e é ela que dá a ideia
a Ben de o inscrever no ”Lê para o
Piloto”. (Na semana passada fiz uma publicação com a explicação do que é este projeto
“Lê para o piloto”, podem ver aqui.)
Mais
tarde Ben que não acredita em magia, conhece o grande Mercurioso, o mágico que
é pai de Halley. Tornam-se grandes
amigos, e um dia, será o seu assistente
nos espetáculos. E surpresa das surpresas, Ben irá acreditar um
pouquinho em magia.
Como a mãe dele lhe dizia, de uma forma super
positiva:
“-
A vida é uma viagem. A melhor parte é quando é a subir. As coisas aparecem
todas ao mesmo tempo, o mau traz o bem, se uma porta se fecha, há duas que se
abrem, e passamos pelas duas ao mesmo tempo”
Esta
obra faz-nos sentir por vezes como Ben se sentia, perdido e só, mas ao mesmo
tempo ensina-nos como ensinou também a Ben, que o mais importante que temos,
aconteça o que acontecer, é o amor e a amizade que sentimos uns pelos outros.
Ensina-nos que por pior que sejam as adversidades da vida, temos sempre alguém
ao nosso lado que nos vai ajudar a vencer, até quando nos sentimos sós.
Desde
o cachorrinho, a Chucky, a Halley e outras personagens que vão aparecendo ao
longo da obra, à sua maneira e com amor se entreajudam.
Este
livro é simplesmente mágico e adorável. Aconselho a crianças e também a adultos.
Por vezes, os adultos mais que as crianças, precisam de sentir e de relembrar, o
valor do poder do amor e da amizade.
Parece muito interessante!
Olá M. João.
É mesmo muito interessante. Se tiver oportunidade leia, que não se vai arrepender.
Beijinhos