Sinopse
Nesta fascinante compilação de textos diarísticos - recolhida dos seus cadernos e publicada postumamente - Bukowski descreve-nos com profunda candura e sentido de humor os acontecimentos e reflexões que vão pontuando aqueles que serão os seus três últimos anos de vida. Tudo isto com o inconfundível estilo de Bukowski - o artista maior do que a própria Humanidade que retrata.



Opinião
Rebelde. Insano. Redentor.
Bukowski nunca foi um autor de falinhas mansas. É e foi reconhecido por isso mesmo. Por ser um dos autores mais crus e duros, nunca recorrendo a qualquer tipo de filtros. Por isso há quem o adore e há quem o odeie. A ideia que o autor transmitia era que se estava marimbando para isso, para evitar ódios e promover amores. Eu acredito que sim. Acredito porque confio na sua honestidade. Charles Bukowski foi muitas coisas, boas e más. Mas aquilo de que mais ele se podia orgulhar era de ser autêntico, com ele mesmo e com os outros. Ele conseguiu ser, ao mesmo tempo, um herói e um anti-herói. Muitas pessoas, de diversas áreas, tentam sê-lo, mas nunca ninguém conseguiu como ele. Isto porque ele tinha coragem. Coragem de ver quem ele era e de ver como os outros são, como o mundo é.
Este livro é uma espécie de diário e de uma compilação de pensamentos. Torna-se importante para quem admira o autor pelo facto de representar parte dos seus últimos anos de vida. 
Bukowski foi um revoltado, um incompreendido na maior parte da sua vida. Eu compreendo que tenha sido. Foi, em parte, aquilo que todos queremos ser, pelo menos os mais rebeldes, os que ousam não ser aquilo que todos são.
Bukowski, Linda (a companheira), a bebida, as corridas de cavalos, a escrita, os escritores, o dia-a-dia, Tudo não passa disto nestas brilhantes páginas, e este tudo não é mais do que toda a Humanidade. Quem mais seria capaz de fazer isto? Só mesmo Bukowski. Mais ninguém.


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