A Guarda Branca, Mikhaíl Bulgákov
29/01/2015 by Paula
Opinião:
É sempre muito bom voltar a ler romances russos... Mikhaíl Bulgákov, tal como Tolstói, Dostoievsky, Gorki... evoca a alma humana... O sofrimento, a pobreza, os sentimentos dos mais desfavorecidos são sempre uma constante nos seus romances. As guerras são sempre apelidadas de injustas para aqueles que estão na frente da batalha, para aqueles que deixam as famílias e que muitas vezes lutam por uma causa que não é a sua. Os Turbin trazem-nos tudo isso nesta magnífica narrativa.
A guarda branca - exército russo, por oposição ao exército vermelho, apoiantes do comunismo. Branco, aqueles que não têm ascendência mongol (povo que um dia explorou os russos), branco de pureza, branco pela luta contra a injustiça e na defesa e a favor da justiça.
Temos Kiev, 1918, a revolução russa aproxima-se, o medo instala-se e as dúvidas persistem. Os personagens, caracterizados de forma muito sólida, movimentam-se ora de forma segura, ora insegura, o que levanta vários tipos de reflexão no leitor... nada acontece por acaso, tudo tem um propósito! No entanto, apesar de tantos factores negativos, há sempre algo que dá alento a este povo, que o faz levantar e lutar pelos seus direitos!
Gostei!
Sinopse:
A Presença inicia uma nova colecção intitulada «Obras de Mikhaíl Bulgákov»,
inteiramente consagrada à produção literária do autor. A mais valia desta
edição assenta na excelência da tradução, directamente do russo por Nina Guerra
e Filipe Guerra, tradutores premiados de Dostoiévski e Tolstói.
Primeiro romance de Mikhaíl Bulgákov, largamente inspirado nas suas experiências pessoais, A Guarda Branca apresenta-nos a cidade de Kíev, em 1918, através dos olhos dos irmãos Turbin. Mergulhados no caos da guerra civil, Aleksei, Elena e Nikolka constituem um retrato brilhante das crises existenciais provocadas pela guerra e pela perda de alicerces sociais, morais e políticos.
Críticas de imprensa
«A atmosfera tumultuosa da revolução
ucraniana e da guerra civil é brilhantemente evocada.»
Daily Telegraph
Daily Telegraph
O livro aqui na Editorial Presença