"Como Viver (ou não) em 777 Frases"; Fernando Pessoa, Richard Zenith
11/06/2014 by Vasco
Sinopse
Um livro de autoajuda de um dos maiores autores de
Língua Portuguesa de todos os tempos. Disposto em 7 secções temáticas,
precedidas por 7 frases preparatórias e sucedidas por uma conclusão em 7
frases, é este um extraordinário conjunto de reflexões e conselhos úteis para
lidarmos com o misterioso e nem sempre cómodo facto de existirmos.
A Vida Vivida / A Vida Eterna / A Vida da Imaginação /
A Vida Afectiva / A Vida Pensada / A Vida do Eu Inúmero / A Vida não Vivida.
Todos os grandes temas tratados em pequenos trechos de uma imensa genialidade.
Para ler de rajada, ou como um oráculo ou um Livro de Horas.
Escolha, organização e notas de um dos mais notáveis
pessoanos do nosso tempo, galardoado em 2013 com o Prémio Pessoa.
Opinião
Metafísico. Profundo. Místico.
O livro é mesmo aquilo que o título
pronuncia. Dividido em 7 capítulos, o autor propõe a leitura de 777 frases de
Fernando Pessoa. Algumas são bem conhecidas, outras nem tanto. Umas fazem
sentido numa primeira leitura, outras exigem uma análise mais cuidada. Nota-se
que Richard Zenith tenta fazer uma ligação entre as citações que utiliza nesta
obra, consegue-o, por vezes, mas de vez em quando existe um corte radical entre
uma e outra.
Em “Como Viver (ou não) em 777 Frases”
podemos facilmente perceber uma série de factos sobre um dos maiores escritores
da nossa História. Fernando Pessoa era um pensador, alguém que se preocupava em
buscar algo que sabia ser inalcançável. Neste livro são perceptíveis as várias
faces de Pessoa, os seus vários génios. A mim, tocou-me particularmente o lado
corajoso e, ao mesmo tempo, trágico comummente representado por Bernardo
Soares, tão bem caracterizado pela seguinte afirmação: “Eu não sou pessimista,
sou triste”.
No entanto, tenho a certeza que cada
leitor terá o seu lado favorito, diferente do meu.
Embora não sendo uma,especialmente, apreciadora de Fernando Pessoa,talvez devido à complexidade da sua personalidade que se reflecte na sua obra e na dos seus heterónimos,considero-o um dos grandes nomes da nossa Língua.
Este estudo pessoano de Richard Zenith é bastante sugestivo e merece ser lido.
Também fiquei muito curiosa!!!!