"Terraços de Teerão", Mahbod Seraji
07/03/2014 by Vasco
Sinopse
Este romance de estreia passa-se em
Teerão, entre os anos 1973 e 1974, antes da revolução islâmica, ainda sob o
opressivo regime do Xá Reza Pahlevi. Nesta obra de inspiração autobiográfica,
as figuras principais são dois adolescentes em férias escolares que passam
grande parte do verão a deambular pelos terraços das casas da vizinhança... Ali
trocam confidências, sonham com o futuro, mas também ganham consciência das
realidades mais duras da vida. Intenso, dramático e colorido, Terraços de
Teerão dá-nos a conhecer a cultura iraniana, através das vidas de personagens
em que nos reconhecemos no mais essencial da experiência humana.
Opinião
Relevante. Poderoso. Irreverente.
Este é um livro que apresenta uma
agradável dicotomia. De um lado temos aquilo que de mais puro e verdadeiro
existe nas pessoas de bem: a amizade, o amor, o respeito, a idoneidade, a
coragem, a capacidade de sonharem e de se adaptarem. Do outro lado é-nos
apresentado o pior que há no mundo 'civilizado': a imposição, o desrespeito, a
injustiça, a repressão, o medo, a ausência de liberdade.
É nesta espécie de corda bamba, que
divide dois planos opostos, que vivem os personagem de “Terraços de Teerão”.
Toda a narrativa incide num acto
contínuo e mágico, o qual nos demonstra permanentemente que é possível ser
feliz num mundo pleno de infelicidade. Foi isto que mais me impressionou na
obra, que me fez acreditar que tudo é possível quando enfrentamos o universo de
uma forma positiva. Principalmente quando enfrentamos o exterior do mesmo modo
com que aceitamos quem somos.
Confesso
que não contava gostar tanto deste livro. É possível, através dele, compreender
um pouco melhor o modo como viviam (e vivem) os habitantes do Irão, assim como
entender a forma de pensar daquele povo tão diferente – ou nem tanto – de nós.
Já tive bastante interesse em ler este livro :)
Quem sabe um dia!
Estás a suplicar que te envie??
Não, que já tenho cá alguns teus por ler :P
Tens? Então bem que podes ficar com eles que já não sei quais são.