Opinião da Paula
Tenho a trilogia cá em casa já há algum tempo, no entanto confesso que nunca lhes peguei por serem policiais. Sim, às vezes compro policiais mesmo não sendo o meu género preferido. Ainda por cima esta é um policial nórdico! Dou-me mal com eles. E porquê? Devido aos nomes! Não consigo pronunciar nem decorar os nomes dos personagens (tenho de andar com uma folha dentro do livro para anotar), nesta narrativa em concreto, onde os personagens abundam, isto torna-se deveras complicado!
Quanto à acção, digamos que é bastante acelerada e motivadora de uma leitura compulsiva. Várias vertentes da corrupção são exploradas como o crime e o desvio de fundos por parte de empresas e instituições. O autor fez um excelente trabalho com os seus personagens, estes estão muito trabalhados/bem caracterizados, dando, deste modo, uma dinâmica cinematográfica à história.

Em suma, este é um livro de leitura obrigatória para os amantes do género.



Opinião do Vasco
Inovador. Viciante. Inteligente. 
Existe muito para escrever acerca de “Os Homens que Odeiam as Mulheres”. Para começar, devo dizer que adorei o livro, pelos mais variados motivos. 
Os personagens são absolutamente fantásticos, todos eles. Do mais importante até ao menos relevante, cada um tem características ímpares, e cada vez mais únicas em função do seu grau de importância. No entanto, aquilo que mais me surpreendeu foi a empatia que fui ganhando relativamente à fraqueza de cada um deles, principalmente dos protagonistas. Esta particularidade não é, de todo, vulgar. 
Outra situação que me despertou o interesse foi a constante crítica que Larsson endereçou à forma como o jornalismo é feito, ao sector financeiro, ao ser humano e à sociedade de um país visto como sendo quase perfeito por quase toda a gente. O autor, de facto, não se poupa nas partes em que decide disparar em todas as direcções.
Todo o ritmo da obra também me impressionou. Na verdade Stieg Larsson não desenvolve aqui um típico policial. Penso que ele não segue as regras que a maioria dos autores utiliza. Ele salta de tema para tema, que são muitos, e desenvolve uma série de pormenores que têm outros objectivos que não o fio condutor do enredo. Existem muitas histórias dentro desta história e uma imensidão de mensagens no interior de cada capítulo. 
Para terminar, devo assumir que a Lisbeth, a protagonista a par de Mikael, é dos personagens mais cativantes que alguma vez tive o prazer de conhecer.

 “Os Homens que Odeiam as Mulheres” é um dos melhores thrillers que li.

6 comentários:

    On 12 fevereiro, 2014 Anónimo disse...

    Bom dia,

    Concordo a 100% com a opinião do Vasco, não conseguiria exprimir melhor o que senti ao ler este livro. Super viciante, enquanto não terminei a trilogia não tive paz. Cativou-me tanto, que tive de os ler de seguida, simplesmente não me conseguia desligar e ler outro livro.
    Adorei.
    Obrigada.

    Estou a adorar a vossa leitura conjunta. Só comecei a acompanhar-vos na 3ª leitura. Sinceramente não apreciei o livro “A Sul da Fronteira a Oeste de Sul”, mas não dei o tempo por mal empregue. Até porque do escritor Haruki Murakami apenas tinha lido “O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo”, livro que também não apreciei. Concordo que o escritor tem uma imaginação sensacional, mas acho-o muito monótono, muito parado, não tem ritmo. De qualquer forma não desisti dele, se tanta “gente” o acha maravilhoso, penso que tenho de lhe dar uma terceira oportunidade. Não que seja uma carneirinha e vá atrás dos outros só porque sim.

    Obrigada e continuem.

    Aguardo a escolha do livro para a 5ª leitura conjunta .

    Lígia

     

    Olá Lígia,
    Experimente a ler "Sputnick meu amor" talvez goste mais :) abraço

     

    Uma trilogia que já me abriu o apetite à leitura faz algum tempo. Desde que li as boas opiniões da minha querida Teté, do blogue Quiproquó (http://pequenoquiproquo.blogspot.pt/), que ando com os livros debaixo de olho. Até porque, tal como a Teté, gosto imenso de policiais. ;)

     

    Olá tonsdeazul,
    Se quiseres posso emprestar-te este primeiro volume.
    Se quiserers, já sabes, manda-me um mail ^_^

     

    Ainda bem que ficámos com a mesma ideia, Lígia. :)

    Quanto ao Murakami, concordo que a narrativa tenha um ritmo lento. Mas, a meu ver, esse ritmo adequa-se na perfeição à sua forma de escrever, onde cada detalhe tem toda a importância devida à sensibilidade e à profundidade que o autor incute na sua obra.
    Trata-se de um estilo muito particular, é certo, mas eu adoro ler cada linha de cada livro seu.

    Tonsdeazul, este policial é imperdível para os fãs do género.

     

    Agradeço, Paula. Não vai ser necessário, pois tenho uma amiga que os tem e por isso irei recorrer a ela, que sempre está mais pertinho. :) Mas por agora comecei a ler "A História Interminável" de Michael Ende

     

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