...viajar pela leitura...

Esta é uma narrativa de busca, busca da lógica dos sonhos e até da vida...

O questionar o sonho... o questionar o dia-a-dia, o percurso, a rotina ou o sair fora desta.

A incongruência dos sonhos é analisada ao pormenor, o acordar e não recordar para contar; o estar e o não estar; o sonho dentro dos sonhos; lugares familiares que se tornam estranhos e indefinidos; homens sem rosto que nos mostram diferentes realidades e que nos atormentam. Vislumbra-se de vez em quando crítica social e política, o que já se esperava dado que Manuel Alegre é um cidadão com voz activa.

"E se alguém perguntar como não morro eu lhe responderei: que porque sonho"

Há assim na escrita do autor uma analogia constante entre a vida e o sonho, a lógica (se é que existe) entre eles - A lógica que se anula e que se propaga com o tempo.

Gostei!