Opinião:
O Milagre de S. Francisco fala-nos da amizade. Da amizade que se constrói com o convívio. 

Steinbeck, nesta obra apresenta-nos Danny, um homem de bom coração, amigo do seu amigo. Acostumado a viver na rua – um pedaço de pão e uma pinga de vinho é o que necessita para ser feliz! Mas Danny é surpreendido com uma herança e vê-se dono e senhor de duas casas – um homem de posse! Uma, onde vai morar, a outra que vai alugar! Porém, não mudará a sua atitude para com os outros, mas sente a responsabilidade como algo acrescido!

O nosso personagem vai ser bafejado com a amizade de pessoas ímpares, é certo que nem sempre foram correctos – mas o convívio, o respeito e a necessidade vão fazer que se tornem inseparáveis e que se amem como irmãos!

A linguagem de Steinbeck é, por vezes, irónica e verdadeira ao narrar as diferentes situações em que estes amigos se envolvem. Verdadeira no sentido de descrever todas as acções de forma bastante real. Estes personagens são homens acostumados à dureza da vida, vivem na rua, estão habituados a sobreviver e a roubar para comer. Não são personagens “fáceis”, são homens reais, que nos mostram a vida tal como ela é para quem nada tem!

Em toda a obra é notório o crescimento daqueles homens quer em amizade, quer em sentido de responsabilidade… e esta é a magia da escrita de Steinbeck – levar-nos para aquele mundo que afinal é o seu… e que retrata tão bem!

O fim é bonito, triste e simbólico!

Adorei!

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