“O Último Fôlego” de Robert Bryndza (Opinião)
24/09/2020 by Lígia
Sinopse:
Quando
o corpo torturado de uma mulher, jovem e bonita, é encontrado num contentor do
lixo, com os olhos inchados e as roupas ensopadas em sangue, a inspetora-chefe
Erika Foster é dos primeiros detetives a chegar ao cenário do crime. O problema
é que, desta vez, o caso não lhe pertence. Enquanto luta para integrar a equipa
de investigação, Erika envolve-se no processo e rapidamente encontra
semelhanças com o assassínio não resolvido de outra mulher, quatro meses antes.
Largadas ambas num contentor do lixo em parques de estacionamento diferentes,
têm ferimentos idênticos – uma incisão fatal na artéria femoral da coxa
esquerda... E, entretanto, é localizada uma terceira vítima em circunstâncias
idênticas.
Perseguindo
as vítimas online, apresentando-se com identidades falsas, o assassino ataca
mulheres jovens e bonitas de cabelo castanho comprido e desaparece
misteriosamente, sem deixar qualquer pista. Como irá Erika apanhar um assassino
que parece não existir?
Enquanto
decorre a investigação, outra rapariga é raptada quando esperava por um
encontro. Erika e a sua equipa têm de a localizar, para não depararem com mais
uma vítima mortal, e enfrentar um indivíduo terrivelmente sádico e perigoso.
Alucinante,
tenso e impossível de parar de o ler, "O Último Fôlego" mantém o
leitor preso logo na primeira página, enquanto o livro se encaminha
vertiginosamente para um final surpreendente.
Opinião:
Estava muito curiosa por ler uma obra deste autor, pensava começar com a "A Rapariga no Gelo", mas como comprei "O Último Fôlego" numa promoção, resolvi conhecer as investigações da detetive Erika Foster com esta obra. Sinceramente, não gostei da forma como esta história se desenrolou... gosto de estar praticamente até ao fim na tentativa de descobrir quem será o assassino, aqui o leitor fica a saber muito cedo quem ele é, e depois tudo o resto torna-se muito previsível, deixamos muito cedo de ter o fator surpresa que nos faz estar “agarrados” à investigação como se fossemos também detetives. Numa escrita muito fluída e simples de acompanhar, os acontecimentos são desenvolvidos em pequenos capítulos, que umas vezes acompanham a detetive Erika e outras o assassino.
Um ponto muito positivo é a mensagem de alerta
que o autor nos transmite sobre o perigo das redes sociais. Transcrevo uma
parte da nota final do autor:
“Não pretendia escrever sobre redes sociais,
mas acho que mudaram o mundo de tantas formas que irão alimentar sempre a minha
imaginação. Grande parte delas é boa: podemos manter-nos em contacto com
familiares e amigos a milhares de quilómetros de distância, ajuda-nos a formar
opiniões e, muitas vezes, é um escape para os nossos sentimentos. Mas há um
lado sombrio que ainda estamos a tentar perceber. Tenham cuidado com o que ali
colocam. Nem sempre se sabe quem está do outro lado…”
Certamente um bom livro de ler
.
Abraço