“Ali Babá e os Quarenta Ladrões” de António Pescada (Opinião)
21/01/2020 by Lígia
Sinopse:
Plano Nacional de Leitura
Leitura recomendada para o 6.º ano de escolaridade.
Naquela manhã, como em todas as manhãs que lhe foram dadas por Alá, Ali Babá andava a cortar lenha na montanha. De súbito, aparece no horizonte uma nuvem de poeira, aproxima-se uma caravana de quarenta ladrões e o pobre lenhador esconde-se numa árvore. Como podia ele ter imaginado que esse gesto simples de prudência iria mudar a sua vida, fazer com que o sangue e a violência entrassem na sua casa? É que do seu esconderijo, Ali Babá descobre um segredo fabuloso: as palavras mágicas que dão acesso ao tesouro dos bandidos...
Naquela manhã, como em todas as manhãs que lhe foram dadas por Alá, Ali Babá andava a cortar lenha na montanha. De súbito, aparece no horizonte uma nuvem de poeira, aproxima-se uma caravana de quarenta ladrões e o pobre lenhador esconde-se numa árvore. Como podia ele ter imaginado que esse gesto simples de prudência iria mudar a sua vida, fazer com que o sangue e a violência entrassem na sua casa? É que do seu esconderijo, Ali Babá descobre um segredo fabuloso: as palavras mágicas que dão acesso ao tesouro dos bandidos...
Opinião:
Este ano na disciplina de Português do
meu filhote, uma das leituras obrigatórias é esta obra.
Depois de ele a ler avidamente e dizer
que gostou bastante, resolvi ler também já que só me lembrava dela muito vagamente.
“Ali Babá e os Quarenta Ladrões” é um
dos contos Árabes que faz parte da obra “As Mil e um Noites”.
Quanto terminei a leitura deste pequeno
conto, eu e o meu filho resolvemos “discutir” o que pensavamos sobre a obra.
Concluímos que os heróis da obra (Ali Babá e a sua criada Morjana) são ambos personagens
inteligentes e astutas, mas que afinal eram tão boas como os quarenta ladrões.
Primeiro começamos por ter um Ali Babá que rouba moedas de ouro aos ladrões (o
meu filho aqui, como a desculpá-lo, usou o provérbio “Ladrão que rouba ladrão
tem cem anos de perdão”, não me parece que seja uma boa justificação), depois
temos uma criada que além de muito astuta não tem os menores escrúpulos em
matar os ladrões e se ver livre deles, para além de que no século que foi
escrito este conto, não era muito usual uma mulher ter tanto protagonismo,
ainda para mais sendo Árabe. No final tivemos de concordar que apesar de tudo
Ali Babá valorizava mais a riqueza do saber do que a riqueza material e que era
uma pessoa que gostava de ajudar o próximo.
Como curiosidade, procurei o que se
dizia sobre este conto, e descobri outra versão, a versão da qual eu me
recordava. Nessa versão a criada Morjana não fazia parte do conto e o
protagonista era Ali Bába, era ele que tratava da saúde aos quarenta ladrões
com a sua astúcia, para além de se casar com a filha do sultão.
O principal nesta obra, é que conseguiu
despertar o interesse ao meu filho e aos coleguinhas, o que ultimamente com os
youtubers e playstations não tem sido muito comum, nem fácil.