“Uma Herança de Amor” de Cristina Campos (Opinião)
30/05/2018 by Lígia
Sinopse:
Anna e Marina não se veem há muitos, muitos anos. Inseparáveis durante a infância nas
praias ensolaradas de Maiorca, afastaram-se cada vez mais.
Anna, a irmã mais velha, loira e delicada, permaneceu na ilha, presa num casamento infeliz; Marina, a maria-rapaz da família, fez do mundo a sua casa e vive onde a leva o seu trabalho na Médicos sem Fronteiras.
Quando descobrem que herdaram um moinho com uma padaria, as duas irmãs mal podem esperar para se livrar dele e continuar com as suas vidas. Mas, no momento da assinatura do contrato de venda do imóvel, Marina volta atrás. As circunstâncias e motivações por detrás da doação são demasiado misteriosas para serem ignoradas: quem era María Dolores? Que tipo de ligação tinha com elas essa mulher?
Graças à padaria e às antigas receitas familiares, Marina, Anna e a sua filha Anita encontrarão força para perdoar os erros do passado e enfrentar o difícil futuro que as aguarda.
Uma Herança de Amor é um romance sobre a amizade feminina, segredos e coragem, na paisagem encantada de Maiorca.
Anna, a irmã mais velha, loira e delicada, permaneceu na ilha, presa num casamento infeliz; Marina, a maria-rapaz da família, fez do mundo a sua casa e vive onde a leva o seu trabalho na Médicos sem Fronteiras.
Quando descobrem que herdaram um moinho com uma padaria, as duas irmãs mal podem esperar para se livrar dele e continuar com as suas vidas. Mas, no momento da assinatura do contrato de venda do imóvel, Marina volta atrás. As circunstâncias e motivações por detrás da doação são demasiado misteriosas para serem ignoradas: quem era María Dolores? Que tipo de ligação tinha com elas essa mulher?
Graças à padaria e às antigas receitas familiares, Marina, Anna e a sua filha Anita encontrarão força para perdoar os erros do passado e enfrentar o difícil futuro que as aguarda.
Uma Herança de Amor é um romance sobre a amizade feminina, segredos e coragem, na paisagem encantada de Maiorca.
Opinião:
Anna e Marina, duas irmãs de personalidades e aspeto
físico totalmente diferentes são inseparáveis durante a infância, mas durante
14 anos afastaram-se cada vez mais. Ao herdarem um moinho com uma padaria de
uma pessoa para elas desconhecida, vão-se reencontrar. Embora de início apenas
pensassem em se desfazer dele, no último momento Marina volta atrás, pois a
curiosidade de saber o motivo pelo qual uma total desconhecida lhes deixou tal
herança, vence.
A pouco a pouco Marina faz novas amizades, retoma a
amizade e a ligação que tinha com a irmã. Claro que nem tudo são Rosas, e vamos
lidando com os problemas de uma relação entre homem e mulher, os problemas pelo
qual se passa para a adoção de uma criança, com as descobertas de uma
adolescente, a forma de se lidar com um cancro, entre várias situações que a
qualquer um de nós pode acontecer.
A aldeia Valdemossa (a onde se encontra o moinho) é
uma daquelas aldeias em que toda a gente gostava de morar, porque embora todos
saibam da vida de uns dos outros, todos se dão bem, querem o bem dos outros,
preocupam-se e entreajudam-se.
A descrição das paisagens são maravilhosas, dá vontade
de tirar umas férias e passar lá umas semanas valente.
Para além da forma ternurenta da autora de escrever e
descrever todo este romance (sim, para mim a forma de descrever a amizade e o amor
entre as personagens desta forma, tem uma escrita “ternurenta” e bela), também tiramos
“mensagens” super importantes. É quase como um conto infantil em que no fim a
criança aprende que as boas acções são a melhor opção e os bons vencem sempre.
Aqui o que para mim se tira de mais essencial, é que
nunca devemos desistir do que nos dá prazer e dos nossos sonhos. Mesmo que
todos nos digam que esse não é o caminho, e por vezes se ter de nadar contra a
corrente e mesmo que no fim nos demos mal, daí tiramos algo que nos marcou e
ensinou. Mas também muitas das vezes nadar contra a corrente não quer dizer que
o fim vá ser trágico, muitas vezes faz-nos alcançar o que nos faz feliz. Também
nos ensina que nunca é tarde para recomeçar, nunca somos demasiado velhos para
tentar uma vida nova. Ensina-nos que não nos devemos acomodar, só porque é mais
seguro, se o que temos nos faz infeliz, devemos sair da nossa zona de conforto
e devemos lutar pelo que desejamos. Por vezes o que nos parece estranho, se
olharmos duas vezes compreendemos que lá por ser estranho e absurdo para nós,
para outra pessoa pode ser o que a faz sentir bem e a faz feliz, e não a
devemos condenar/criticar, só porque nós não vemos as “coisas” dessa forma.
Adorei todas estas mensagens. Eu sei que a toda a hora
ouvimos este tipo de “coisas”, mas nunca é de mais vê-las criadas nas
personagens de um livro.