“A Alegria de Ser Miserável” de Rute Simões Ribeiro (Divulgação)
23/03/2018 by Lígia
A Alegria de Ser Miserável é o segundo romance da autora de
Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade), finalista do
Prémio LeYa em 2015 e que recebeu o aplauso e o reconhecimento dos
leitores, pela narrativa invulgar e intimista e pela maturidade da escrita.
Rute Simões Ribeiro usa as palavras «sem medo» (Lígia Casimiro,
Viajar pela Leitura), sendo-lhe apontado um apurado sentido de humor,
aliado à «estudada leveza filosófica» com que escreve (Helena Coimbra,
Deus me Livro). Foi colocada pelos leitores na geração de escritores
composta por Valter Hugo Mãe e Afonso Cruz, sentindo-se «grande
semelhança com José Saramago» (Márcia Balsas, planetamarcia) que, caso não
tivesse existido, o estilo «incategorizável» de Rute Simões Ribeiro
seria «completamente inovador e revolucionário» (Bárbara Castro,
Bloguinhas Paradise). Com o seu primeiro romance, a autora surpreendeu os leitores com uma edição independente à altura das melhores
editoras e publica em 2018 um aguardado segundo livro.»
Sinopse:
«O romance A Alegria de Ser Miserável explora a vida de um
homem de
feitio rude, que despreza o seu contexto social e a
necessidade de relação com os outros. «Se alegria houvesse, e festa se
anunciasse
para a celebrar, Zé era convocado por carta, para não
contaminar contentamentos». Porém, sofre uma embolia que lhe retira «a
capacidade
de sentir tristeza», ficando «impossibilitado de ficar
deprimido», perdendo «competências em ser miserável». A sua irmã Alma da
Encarnação, que «teria muito para fazer nesta vida e noutras,
quem sabe, que no nome para lá tinha atalho», é uma personagem
secundária
que, num inesperado jogo de perspetivas, desenvolve uma
singular densidade arquitetónica. O protagonista, Zé da Paixão,
experimenta
várias profissões irrelacionáveis, numa vida que é conduzida
pelo acaso, e vem a conhecer uma mulher por quem sente uma fixação
inconsequente. Num exercício literário que ultrapassa as
habituais técnicas narrativas, a autora faz o seu personagem central
assumir a
coragem de sobrepor a vontade à oportunidade, conduzindo-o
pelas suas teias mentais, dando uso a recursos narrativos atípicos. E à
medida
que a leitura se faz deixamos de ter a certeza se se trata na
verdade de uma história de amor. É uma escrita leve, mas com subtis
sinais de
seriedade embutidos num intuitivo e engenhoso sentido de
humor. Rute Simões Ribeiro expõe uma narrativa nova, destacando-se dela
própria e
ilimitando-se numa escrita, uma vez mais, sem grilhos e sem condicionantes.
Disponível na Amazon em versão impressa e ebook aqui.
Podem ler a minha opinião da obra “Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade)” aqui.