Convite…

Vítima de stalking, António Manuel Ribeiro conta o inferno que viveu



«Este não é um livro que eu quis, mas é o livro que precisei»

Durante quase dez anos, de 2003 a 2012, António Manuel Ribeiro – vocalista dos UHF – foi vítima do primeiro caso de stalking mediático a chegar aos tribunais portugueses. És Meu, Disse Ela, é o relato desses anos que quase o levaram à loucura com milhares de mensagens, chamadas, esperas, perseguições, delírios inimagináveis. Chegou às livrarias a 2 de Janeiro.

Cristina/82, a mulher obcecada pelo músico, levou o seu fascínio ao extremo e fez da vida de António Manuel Ribeiro um verdadeiro pesadelo. Uma mulher de quem nada sabia começou a persegui-lo e a atormenta-lo, num cerco infernal. Uma história tão mirabolante quanto verdadeira. Este foi o primeiro caso de stalking julgado e condenado em Portugal.

Da loucura da perseguição à incompetência da justiça, És Meu, Disse Ela é o livro que revela os sentimentos de um homem desesperado, por não conseguir tomar em mãos as rédeas do seu destino, fustigado pela sombra sempre presente de uma perseguidora. Mas o homem resistiu e triunfou, porque nunca desistiu. Deixamos aqui um pequeno excerto: «O leitor irá encontrar nas páginas deste livro um exército de personagens, reais ou virtuais (uma nova forma de existir), que acolitaram a agressora nos seus intentos. Houve disponibilidade, meios e dinheiro para executar um plano. Por vezes o irreal transmutar-se-á em surreal. Mas aconteceu. Está documentado e integra a matéria julgada – não há ficção do autor.

Os meus comentários, sendo opiniões, não são juízos de valor, mas tão só a primeira resposta a uma agressão, a invasão da privacidade que se tornou persistente, algo que não pedi, mas que interferia com a minha vida, criando cenários, heterónimos acolitados, novos entusiasmos (mais agressões) que visavam condicionar-me e manter-me focado. Como as torres e os vigias de um campo de concentração.

Eram a primeira reacção, a legítima defesa psicológica que afastava o recurso à violência física. Enquanto o agressor vive sob a capa de ser um presumível inocente até prova em contrário (trânsito em julgado da sentença após o expediente dos recursos), a vítima fica entregue ao seu bom senso, ou não, abandonada pelo sistema judicial enquanto o processo decorre. Lemos vulgarmente que é feita justiça pelas próprias mãos, quando o desespero vence e a perda de lucidez acontece. Não foi o meu caso.»

A sessão de lançamento decorre a 6 de Janeiro, às 17h00, na Fnac Colombo. Com apresentação de José Jorge Letria.


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