Peto, Paula Cairo
08/01/2012 by Paula
"Quando a desgraça, a efemeridade e o infortúneo nos batem à porta, só existe um ser vivo capaz de ser honesto e genuinamente nosso amigo: um cão! Os cães são sempre os nossos companheiros de privação. Sempre! Seja qual for a infelicidade que a vida nos ofereça. Por mais doente e sós que estejamos, eles nunca nos abandonam.
Já dos seres humanos não se pode dizer a mesma coisa. Ao primeiro filho, nas primeiras férias, no divórcio, ao primeiro sinal de doença ou velhice do nosso cão, a solução na realidade é sempre a mesma: porta fora!"
in "Peto"de Paula Cairo
Opinião:
Esta é a história de Peto, um cão que viveu na rua até aos seus 12 anos, um cão que foi agredido e mal tratado, como tantos continuam a sê-lo. Paula Cairo, adoptou-o e tratou-o, pois Peto, devido à vida que teve na rua, adquiriu doenças para o resto da sua vida.
A autora, deposita nesta obra todo o amor e paixão pelo seu cão e também todo o seu descontentamente para com algumas pessoas: aquelas que agridem, as que ignoram, as que são preconceituosas! Conta-nos as situações que viveram juntos e como passaram a ser amigos inseparáveis.
É uma história bastante comovente, uma realidade do nosso dia a dia. Porém é preciso ter coragem para fazer o que Paula fez e sejamos sinceros, nem todos temos esta coragem. Há tanta coisa que nos "impede": a falta de espaço, as alergias, a falta de alguém para ficar em casa com eles... enfim, desculpas que nos vão servindo de consolo...
No entanto, podemos fazer coisas simples para com estes animais abandonados e que está ao alcance de qualquer um: dar água, comida, algum tratamento... e principalmente NÃO ABANDONAR os animais que temos!
Cá em casa temos uma cadelinha linda é o membro mais novo da nossa família é muito mimada e acarinhada. Estes seres são fantásticos e têm-nos um amor imenso!
"O Peto foi atacado várias vezes por cães com donos perigosos"
Sinopse:
O Peto apareceu na rua, ainda bebé, e lá viveu durante doze longos anos, comendo dos caixotes do lixo. A certa altura, duas senhoras repararam nele e foram-no protegendo como podiam, dando-lhe comida e água. E ele por ali foi ficando. Foi recolhido duas vezes por pessoas que o voltaram a abandonar porque, afinal, era grande demais ou deixava a casa cheia de pelos. Na sua vida na rua, foi agredido diversas vezes e durante muito tempo teve dificuldade em usar as patas traseiras. Foi também atropelado mais do que uma vez. Chegou a ser esfaqueado na barriga. Tinha Leishmaniose, e por dormir tantos anos ao relento sofria ainda de artrite, passando a ter de tomar medicação quatro vezes ao dia. Foi atacado diversas ocasiões por cães com «donos perigosos» e o seu corpo ficou marcado por várias cicatrizes. Enfrentou duas denúncias de vizinhos, que não o queriam ali. Numa das vezes acabou num canil para ser abatido, como tantos outros cães vadios. Mas foram buscá-lo e ele voltou à sua rua. A sua sorte mudou quando, um dia, Paula, reparou no cão meigo e triste que se arrastava cheio de sangue, terra e pó. Começou por lhe limpar as feridas. Acabou por saber a sua história e seis meses depois, em Novembro de 2005, levou-o para casa e encheu-o de amor. Peto escapou da morte nesse inverno.
Não gostei da leitura deste livro.
A história do Peto merecia ser abordada mais subtilmente. É uma pena.
Não gostei nada mesmo da autora.
Também tenho uma cadela em casa (adoptada da rua, assim como 2 gatos). Acho que a forma como tratamos os animais é um espelho do que valemos enquanto seres humanos. Se queremos valer alguma coisa, se queremos fazer deste mundo algo melhor, temos de começar por tratar melhor os nossas camaradas de 4 patas.
Miguel Pestana,
A autora realmente é um tanto agressiva, mas eu acho compreensivo. Ela viveu de perto uma realidade que muitos de nós não viveu. Ela não viu simplesmente um cão doente na rua e faminto, ela abrigou esse cão, tratou dele e ainda foi algo de indiferença.
A agressividade dela é uma chamada de atenção para nós.
Foi assim que interpretei!
Manuel Cardoso,
Estou totalmente de acordo contigo ;)