Em geral, aqui nos blogues, lemos opiniões positivas sobre os livros lidos e o facto é que raramente lemos uma opinião negativa acerca dos mesmos. Porque será? Porque temos receio de dizer que não gostamos e sermos criticados por isso? Ou simplesmente porque não nos apetece escrever sobre um livro de que não gostamos ou que consideramos mau?
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E depois há aquela velha questão dos clássicos: “São clássicos, logo são obras primas”, (será que o são?) há que gostar ou dar a entender que se gosta…
Já me aconteceu tentar ler um clássico, nomeadamente “Os Maias” e deixar a meio porque simplesmente não gostei. Pensei ser da época em que li, mas ainda tentei outras vezes e o resultado foi o mesmo: desisti!
Sei da importância literária da obra, o que Eça caracteriza, mas não gostei do “invólucro”, da forma como a apresentou, há uma altura em que achei massacrante (lá estou eu a justificar-me, a pensar que vou ser criticada)
No entanto, já li outros do Eça e gostei bastante!
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Há outros que não sendo considerados ainda clássicos e obras-primas, para mim já o são.
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O desafio que proponho é que deixem aqui o nome dos livros ou dos ditos clássicos que já leram e que não gostaram ou mesmo detestaram!

45 comentários:

    On 20 agosto, 2010 Célia disse...

    Levantaste questões muito interessantes. Em primeiro lugar, concordo contigo quando referes que raramente se vê uma opinião mais negativa em relação a um livro. Uma parte pode dever-se ao facto de não haver paciência para escrever sobre um livro que não se gostou, mas acho que também é de destacar o efeito que tem ler-se um livro disponibilizado por uma editora e a vontade de não ferir susceptibilidades.

    Quanto aos clássicos: não gostei do "Anna Karenina" e não tenho problemas em dizê-lo. Bem sei que é uma obra importante na literatura mundial, que lhe é atribuída bastante qualidade e eu não contrario isso. Mas achei-o uma autêntica seca... Para o meu gosto pessoal não serviu ;)
    Acho que não nos devemos sentir obrigados a gostar de um livro só porque é um clássico. Devemos dizer que gostámos se realmente gostámos, e não porque queríamos gostar.

     

    Ora aqui está um desafio bastante giro.
    Concordo contigo que maioritariamente lemos opiniões positivas ou então aquelas opiniões em que tentam não falar demasiado mal dos livros.

    Por acaso, de momento, não me estou a conseguir lembrar de nenhum que tenha detestado assim por aí além.
    Lembro-me de alguns que não sendo maus de todo, são fraquinhos como por exemplo:
    - Eternindade de Alyson Noel
    - Bel e o Amor para Além da Morte de Care Santos
    - Vai Aonde Te Leva o Coração de Susanna Tamaro

    E dos que li este ano, acho que esses três foram os mais fraquinhos. Não posso dizer que sejam maus, mas não me deixaram nada de especial que marcasse a diferença.

     

    Passei pela mesma situação com "Os Maias". Tentei lê-lo pela terceira vez, mas simplesmente não me cativou e agora está a um canto, à espera que eu me decida a termina-lo.

    Outro "grande livro" que não gostei foi o "Memória de Elefante", que sinceramente detestei. São gostos.

    Já agora, eu não tenho medo de dizer quando não gosto de um livro. Afinal, cada um tem os seus gostos e se falo bem dos que gosto, também sinto que tenho o direito de expressar o meu "desgosto" por outros títulos.
    Agora "adocicar" o que não gostei é que não faço. Se não gosto digo que não gosto e se amo digo que amo, mesmo se todos os outros pensarem que o livro não vale nada.
    Para quê nos preocuparmos tanto com o que os outros pensarão das nossas opiniões? Não sou crítica literária, sou apenas uma leitora e como tal acho que devo ser fiel a mim mesma, ao invés de mentir e basear as minhas opiniões no que os "grandes críticos" dizem desta ou daquela obra.
    Mas esta é apenas a minha opinião.

     

    hum.... os Lusiadas, A Cabana (esse pseudo-fenómeno de 2009, historias do fim da rua (mario Zambujal)todos da Margarida Rebelo Pinto, José Saramago (nem pensar!) mas podemos juntar Cem anos de SolidãoCodex 632... e melhor ficarmos por aqui.

     

    Acho que os livros que mais odiei, dos que li foi a Saga Crepúsculo. E olha que já li muita coisa de iniciantes!

    Mas esse superou, Lua Nova tava tão chato que foi o livro que mais demorei pra ler em toda a minha vida, depois de "A Bíblia" (completa), mais de um mês na narrativa cansativa de Bella.

    Depois disso resolvi tirar férias prolongadas de Stephenie Meyer, por isso ainda não li Eclipse, quero entrar em outros mundos narrativos antes de voltar ao dela.

    Ótimo desafio, ótimo post, ótimo blog.

    Beijos!
    Ademar Júnior
    http://coolturalblog.wordpress.com

     
    On 20 agosto, 2010 Susana disse...

    raramente me deparo com um livro que não sou capaz de ler até ao fim, daí que me lembre sempre do único que não consegui acabar - já não sei se por não estar a gostar verdadeiramente ou se porque simplesmente fiquei com outras coisas em mãos e desisti. É também um clássico, "Viagens na minha terra", de Almeida Garrett. Mas um dia prometo dar-lhe uma nova hipótese...

     

    gosto deste tópico, mas como já disse, tenho tido sorte naquilo que leio, e vai daí que não posso dizer "epah detestei este ou não gostei mesmo" mas há sempre aqueles que se gosta menos ou não se está a gostar, e já tos digo, e depois vou acrescentando em futuros comentários:)

    _ "Royal Dream" de Anne Elizabeth e "Os Cardos Morrem a Seu Tempo" de Manuel Pinho Cabral - ainda não conseguir gostar deles, e já tentei 2 vezes ler, mas fico-me pelas primeiras 50... Vou tentar novamente em breve! :-/

    _ Não, não li nem consigo olhar para Saramago, ao contrário do meu irmão, apesar de lhe comprar e tudo;

    _ "O Paradoxo do Amor" de Pascal Bruckner - não sei ainda se vou gostar ou não, mas não me deu o click ainda a ler... Vamos ver até ao fim e depois logo se vê

    Mas não sou assim muito esquisito, acho que leio tudo e não posso dizer que este ou aquele NÃO...
    Além do mais acho que os nossos gostos não se adquirem mas sim educam-se, portanto acho que todos têm oportunidade de ser "admirados" excepto alguns lol
    Pode ser que compre um que não goste um destes dias e quiçá... lol

    Já agora os últimos que comprei foram este fim-de-semana, "O último testamento" de Sam Bourne e "A mecânica do coração" de Mathias malzieu

     

    É verdade que vejo poucas opiniões negativas nos blogs. Penso que como referiste, é mais interessante escrever sobre algo que gostámos, porque queremos partilhar com os nossos leitores e quando não gostámos, é um pouco difícil escrever uma crítica onde só escrevemos coisas más. No entanto, eu escrevo para ambos os casos, ainda que tenha mais prazer em escrever opiniões positivas.

    Acho que as críticas mais do que algo que nos leva a ler o livro, devem ser verdadeiras e reflectir exactamente o que pensámos sobre o livro e não há mal nenhum em dizer que não gostámos.

    No entanto, acho que a razão principal para haver poucas críticas negativas é o facto da maioria dos blogers que escrevem serem leitores que além de se informarem sobre os livros, não se põem a ler a primeira coisa que lhes aparece á frente, pois há tantos livros e o tempo não dá para tudo. Desta forma, acabam por escolher livros que à partida gostarão. Claro que há sempre surpresas, tanto para o lado positivo como para o negativo.

    A nível de clássicos, ainda não li muitos, mas lembro-me que não gostei d' O Auto da barca do Inferno, de Gil Vicente e d'Os Contos do Eça de Queiroz. E não tenho nenhum complexo em dizê-lo, inclusivamente referi-o numa conversa com a minha professora de português. a única razão pela qual não escrevi nenhuma opinião foi porque o auto li-o apenas porque era obrigatório, vinha no manual e era só para analisar e Os contos só analisei dois ou três.

    Em relação a autores mais contemporâneos, recordo-me que recentemente não gostei d' O Mistério da Atlândida. Uma surpresa negativa, no meu ponto de vista, mas que por exemplo, num comentário vi que uma leitora do meu blog gostou bastante.

    Peço perdão. Entusiasmei-me um bocado :)

     

    ah sim, depois tenho aqueles livros que compro porque acho que ficam bem numa estante mas que não quero mesmo ler, sigam eles:

    _ Tudo da Saga Twilight

    _ "Angelologia" de Danielle Trussoni

    _ "Despertar das Trevas" de Karen Chance

    _ Saga Percy Jackson

    _ Livros de Douglas Preston ou Licoln Child, sozinhos sem ser ambos a escrever lol

     

    Budapeste de Chico Buarque... Margarida Rebelo Pinto também não gosto nada... muito fantasioso!

     

    Paulo, achei Percy Jackson um máximo! É que gostei mesmo =P

    Concordo com a maioria do que foi dito pela Jacqueline'

    E quanto aos Maias de Eça de Queiroz, conheço imensa gente que não gostou. Eu li metade do livro quase de rajada. Na altura como era obrigada e lê-lo para a escola, comecei com pouco entusiasmo. Mas gostei do livro e de toda a polémica que ele levantou.

     
    On 20 agosto, 2010 Jayane disse...

    Aprendi na escola que todos os livros de José de Alencar são clássicos. No entanto, só gostei de um dos livros que li dele. Há um mesmo que ganhei aos 8 anos - Iracema - e até hoje, com 17, não consegui terminar!

    Machado de Assis é um gênio em obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba", mas nunca consegui terminar um livro de contos dele - "Histórias da meia-noite".



    Deve haver outros clássicos de que não gosto, mas não me vem agora à cabeça!

    Abraços!

     

    Magnífico tópico.
    É disto que nós precisamos e é isto que tem faltado nos nossos blogues (mea culpa também).
    Assim de repente, sem pensar muito:
    sem pensar no que são clássicos, livros de nomeada que detestei:
    - Sensibilidade e Bom Gosto de Jane Austen. Aquilo é uma seca. Enredo pastoso e descrições desnecessárias. Monótono.
    - Todos os livros de Paulo Coelho e um tal Osho que parece que vende como pãezinhos.
    - Um português de quem os críticos gostam muito: Gonçalo M. Tavares. A mim parece-me um escritor banal, embrulhado num estilo pseudo-intelectual.
    - A Cabana. Uma história simplória para dar lições catequéticas.
    - Literatura light portuguesa. Rita Ferro, Margarida Rebelo Pinto, etc. Lê-se e fica-se na mesma.
    Bem, isto não são clássicos. Mas é muito difícil encontrar clássicos de que não tenha gostado. Isto tem uma razão: só leio depois de me informar o mais possível sobre o livro. Por exemplo: receio que não vá gostar de James Joyce, por isso ainda não tentei o Ulisses.

     

    Uma questão pertinente, Paula.
    Por norma tento sempre levar a leitura de um livro até ao fim. Talvez por acreditar que no fim a história vai conseguir surpreender-me... Mas mesmo assim houve dois livros que não consegui terminar e que aguardam melhores dias foram "Ficções", de Jorge Luis Borges e "O Coração das Trevas", de Joseph Conrad.
    Também houve livros que não me preencheram as expectativas, mas não os considerei de forma alguma maus! Nem sequer são livros que desaconselho! Os mais recentes foram "A Pousada da Jamaica, de Daphne du Maurier e "O Coração É um Caçador Solitário", de Carson Mccullers. O desta última esperava mesmo algo arrebatador, por este ser considerado, segundo a Time Magazine, "Um dos 100 melhores livros do século XX".
    Depois há aqueles autores que li apenas uma obra sua e sei que não voltarei a ler mais nada deles, como Margarida Rebelo Pinto, Paulo Coelho ou Nicholas Sparks.
    Ah! E já agora não resisto em dizer-te que "Os Maias" é o meu preferido do Eça! ;) Mas ainda tenho algumas obras do autor por ler...

     
    On 20 agosto, 2010 Ana disse...

    Gostei do desafio ser o processo inverso e vermos o que não gostamos!
    Não consigo ler nada de Saramago...
    Também não gostei de Budapeste de Chico Buarque. Além desses, também há outros que não me disseram nada como:
    Tango, de Elsa Osorio,
    Caffé Amore, de Nicky Pellegrino (parecia que estava a ver a novela),
    e agora está a ser Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout.

     

    Sofia o meu irmão leu e diz que é muito bom, mas eu é assim mesmo, dando no cinema esquece... não consigo pegar... :-/

    Daí ter dito aquilo do Percy Jackson xD

     

    Lembrei-me agora: detesto Miguel Sousa Tavares.

     

    São poucos os livros que li e não gostei de todo. Mas assim os que me lembro no momento de ter deixado a meio ou quase no inicio:

    Nazarenas e Matrioskas – Margarida Rebelo Pinto. Nunca mais comprei nenhum livro dela, portanto não sei se o mal foi do livro mas tendo a pensar que é mesmo da autora.

    Os Maias – Eça de Queirós. Talvez por estar muito atarefada com a matemática na altura e o português ser uma boa nota garantida, protelei a leitura até à última e quando fui tentar ler de rajada não passei de meio…

    Jonathan Strange e o Sr Norrel – Susanna Clarke. Este nem sei o motivo pelo qual não passei além das primeiras 200 páginas, por isso ainda tenho fé de um dia pegar nele e vir a gostar imenso…

    Devem haver mais que não gostei, mas estes são aqueles que me lembro de não ter conseguido terminar. ;)

     
    On 20 agosto, 2010 Jojo disse...

    Que grande desafio! Eu há muito muito tempo que não me desiludo com o livro. Estou mais cuidadosa com as leituras. Assim de repente, lembro-me de não ter gostado do Vendedor de Ilusões de Gilberto Pinto. Não gostei não ia dizer que tinha gostado apesar de ser um autor português. Opiniões são opiniões. Lembro-me ter colocado a minha crítica no blog e de algumas pessoas não apreciarem o meu ponto de vista contudo, a que ser fiéis a nós mesmos.
    Clássicos não tenho tido muitas desilusões. Os Maias adorei-o apesar do início de leitura ser difícil. A Expiação de Ian McEwan também não estava a apreciar muito. Parei e retomei-o mais tarde e aí apaixonei-me por ele. Estou a ter problemas semelhantes com o Doente Inglês.
    As Valquírias de Paulo Coelho( não o terminei), A Jangada de Pedra de José Saramago ( não gostei muito) e Samarcanda de Amin Maalouf foram outros que me desiludiram.

     

    Olha que exercício de memória interessante! :)
    Não sei se existe algum livro que tenha detestado, porque nesse caso, ou não os terminamos ou até encontramos algo de positivo no livro. No entanto, existem alguns livros que me fizeram algumas "comichões", tais como:
    - "O Vale Abraão" da Agustina Bessa-Luis. Chato que chega a doer.
    - "Medo" do Jeff Abbott
    - " A Ruína" da Jennifer Egan, história mal construída e, ainda por cima, nada interessante.
    - "Tommyknockers" e #From a Buick 8" do Stephen King, às vezes até escritores assim fazem porcaria. :)
    - "Um Lugar Sem Nome" da Amy Tan, chato, chato e chato.
    - "Fúria Divina" do José Rodrigues dos Santos, parece um livro escrito por um amador.
    - A série "O Poder Supremo" da Marion Zimmer Bradley, infelizmente são mauzinhos estes livros.
    - "O Leito Celestial" do Irving Wallace, o único que posso dizer sem problemas que é mau, muito mau!

    Podia referir o António Lobo Antunes, mas não o faço porque já prometi ao Manuel (ali em cima) que iria voltar a ler para tirar as teimas. :)

    Quanto aos clássicos, não me lembro de nenhum que não tenha gostado. Não fiquei fã do Ana Karenina, mas gostei do livro.

    Tenho tido sorte com os livros que leio. :)

     

    Desafio deveras interessante.
    No entanto tenho a dizer que já deixei alguns livros a meio e que mais tarde retomei a leitura, tendo acabado por os considerar bons. Portanto o gostar ou não gostar de determinado livro, depende muitas vezes do momento da vida que estou a atravessar.
    De uma maneira geral não gosto dos da Margarida Rebelo Pinto (li um e bastou). O "Evangelho..." do Saramago, também está de parte. No entanto adorei o "Memorial do Convento", e o "Ano da morte do Ricardo Reis" . Do Lobo Antunes, também não sou fã, mas gostei das "Cartas..." e aprecio as crónicas que publica na Visão. Isto, para falar somente dos autores portugueses.

     

    Assim de repente, lembro-me de dois que simplesmente detestei! "A cabana", claro... (meu deus, como é possível ter sido aclamado da forma que foi?) e "Rapto em Lisboa", que tive que parar a meio... Tinha chegado ao meu limite!

     
    On 20 agosto, 2010 macy disse...

    Ana Karenina - Tolstoi
    Persuasão - Jane Austen
    Miriam - Maggie Anton
    A História de Lysey - Stephen King
    Á Procura de Sana - Richard Zimler
    A Cruz de Santo André - Camilo j.Cela
    A Casa Quieta - Rodrigo G.de Carvalho

     

    OS MAIAS é um caso de estudo na literatura portuguesa.
    É uma obra genial em diversos aspectos. É um livro brilhante. No entanto, para muita gente é uma decepção.
    Porque é que isto acontece?
    Penso que em primeiro lugar há uma razão prática: ter sido de leitura obrigatória na escola. Isto dá que pensar, mesmo em termos psicológicos e filosóficos. O que é proibido é apetecível, o que é obrigatório é de fugir.
    Bem, eu confesso que o Eça se perdia por vezes em descrições extensas. Mas no meu natural egocentrismo confesso que, mesmo dando o desconto do estigma causado pela obrigatoriedade, custa-me muito entender porque é que Os Maias é um livro tão mal-amado.
    Que fique bem claro que respeito totalmente que não se goste; só não consigo entender bem porquê...
    No primeiro post esqueci de dizer que não consigo ler Agustina Bessa Luis. Já tentei. Já cheguei a conseguir ler um até ao fim, mas por puro masoquismo...

     
    On 21 agosto, 2010 Anónimo disse...

    O Código Da Vinci, li-o em 8 horas, provocou-me uma imensa saudade da leitura do Pêndulo de Foucault.

    Deixei de ler Isabel Allende, não sei bem porquê. Adoro os 1º romances dela, de certo modo quis preservar esse encanto.

    Qualquer livro da Margarida Rebelo Pinto, por um lado, porque é chato estar sempre a ler as mesmas frases :-), por outro, aquele universo que ela descreve nada me diz.

    Adenda: Enganei-me no nome da Margarida, troquei Pinto Correia por Rebelo Pinto lol Dá para ver o que gosto dela.

    E por falar nas Pinto Correia, o "Adeus Princesa", foi um dos livros que gostei mais de ler. Não é um grande romance, mas lê-se num fôlego.

    Eugen Robick

     
    On 21 agosto, 2010 Paula disse...

    Célia M,
    Tens toda a razão quando dizes “para o meu gosto pessoal não serviu”. Pois só isso importa: o nosso gosto. Infelizmente nem sempre somos bem interpretados nas nossas opiniões negativas e às vezes até nas positivas (como já aconteceu comigo aqui no blogue) e digo infelizmente não para nós, mas para aquele que se acha no direito de criticar ;)

    Morrighan,
    Olha aí está uma prova de que gostos não se discutem (até podem discutir-se saudavelmente, expondo diferentes pontos de vista), é que eu adorei “Vai Aonde Te Leva o Coração” da Susanna Tamaro :)

    Ana C. Nunes,
    Oh Ana, então estamos nisto juntas, também o meu está a um canto à espera de ser terminado, contudo não será para já ;)

    Nuno Chaves,
    Oh Nuno, se a lista continua, força!

    Ademar,
    Os livros da Saga Crepúsculo não me fascinaram, não que tenha lido, mas decidi ficar-me somente pelo filme :P

     

    Paula, pois é :)
    Eu sei de outras pessoas que adoram a autora e por isso quis experimentar algo dela e emprestaram-me esse livro. Mas ainda há pouco tempo tinha lido um parecido e então ele não me disse nada. Achei que tinha um bom conceito, mas faltou-me aquela chama que me entusiasma MESMO a leitura.
    Mas é como com os Maias. Há quem deteste o livro, eu adorei o livro.
    Mas a diversidade de opiniões é boa, afinal somos todos diferentes uns dos outros :)

    Um bom fim-de-semana para todos.

     
    On 21 agosto, 2010 Paula disse...

    Susana,
    Também acontece, várias vezes, comigo estar a ler uma obra que não me prende e quando começo outra leitura ao mesmo tempo, deixo a que menos gosto, o problema é que raramente retorno a que abandonei.

    Clube dos livros,
    Concordo contigo quando dizes que todos os livros têm uma nova oportunidade de serem apreciados, pois uma das razões que nos leva a não gostar de determinada leitura é a altura, a época em que se lê, às vezes a idade...
    Muitas vezes as releituras fazem-nos bastante bem ;)

     
    On 21 agosto, 2010 Paula disse...

    Jacqueline’
    Referiste um facto que concordo inteiramente contigo, que é o de nos informarmos sobre os livros que tencionamos ler. Costumo fazer pesquisa nos blogues com os quais mais me identifico, daí que as decepções nas leituras sejam reduzidas…

    Morrighan,
    Referiste uma questão que acho super importante e que é bastante negativa “ler por obrigação” e quando é por obrigação raramente torna-se um prazer.

    Quanto à diversidade de opiniões, ainda bem que todos as temos diferentes :)

     
    On 21 agosto, 2010 Paula disse...

    Silvéria,
    Até ao momento tanbém não simpatizo muito com a MRP :)

    Jayane,
    O problema muitas vezes do gosto pela leitura vem do que nos "tentam incutir" na escola, ou a forma como o fazem.

    Manuel,
    Eu não consegui ler Austen, nomeadamente "Orgulho e Preconceito" quer dizer, li quase até ao fim, mas ... não gostei :)

    Elphaba,
    Adorei o Jonathan Strange... :)

     
    On 21 agosto, 2010 Paula disse...

    Jojo,
    Sabes eu também não me desiludo com um determinado livro há já algum tempo, porque como disse anteriormente, tenho tido cuidado nas escolhas e tento pesquisar o que vou ler.
    Em relação ao "Doente Inglês": AMEI :)

    N. Martins,
    Lobo Antunes também nunca li (ao menos até ao fim)...
    :)

    Manuela,
    Sempre que me desgosto de alguma leitura tento ler posteriormente e raramente volto à desilusão.

     

    É muito raro eu achar um livro mesmo muito mau.
    No caso dos clássicos da literatura portuguesa, "Viagens na Minha Terra" foi um autêntico suplicio, secante até mais não (e olha que eu nunca fui daquelas pessoas que lia por obrigação na escola). Já o caso dos tão afamados "Maias", li-o 3 vezes em ocasiões diferentes e à 4ª vez deixei a meio, já não estava com pachorra.
    Autores propriamente ditos: não vou à bola com a escrita de Saramago, nem com a de António Lobo Antunes e ganhei um "ódio" recente por Lídia Jorge. "Os Dois Irmãos" de Germano Almeida foi intragável, safou-se de um "Mau" redondo por causa da escrita, Saul Bellow e o seu "Herzog" até meteu dó.

    Boas leituras :)

     

    On The Road - Jack Kerouac
    Atonishement - Ian McEwan

     

    Paula
    achei muito interessante este seu desafio.
    No geral não gosto de Margarida Rebelo Pinto, porque os seus livros resumem-se as historietas sem interesse, obrigatoriamente passando por asneirolas, à laia de não ser possível escrever-se algo com interesse sem se recorrer a essa coisa aberrante. Não gosto de António Lobo Antunes porque me deprime. Tento gostar de José Saramago. Vou indo devagarinho, muito embora tenha lido O Memorial, que achei fascinante. Li bastante do nosso Eça, e considero que Os Maias foi o livro que menos me encantou. Livros que me desiludiram, dado ser de quem são, foram Fúria, de Salman Rushdie e Baudolino, de Umberto Eco.
    Com amizade.

     
    On 22 agosto, 2010 Sara disse...

    Em geral, odeio qualquer escritor português contemporâneo, se é que assim se pode dizer. "sei lá" de Margarida Rebelo Pinto foi horrível. Aquilo é alguma coisa. Só fala de namorados e de como acabar com eles e procurar outro. Sinceramente, é lixo. Não trás absolutamente nada de bom para o leitor.
    Não sei como é que é com vocês, mas eu sempre tento ler livros que me dêem algo. Que eu possa aprender algo. E como acho que a fantasia não o faz, estou a começar a odia-lá. Relativamente aos autores de fantástico português conheço Sandra Carvalho e Filipe Faria. É certo que eles escrevem bem, mas pessoalmente a história é sempre tão vazia, é sempre a mesma coisa. Bem e mal e lutam até o bem vencer. Filipe Faria para mim, acabou e Sandra Carvalho, bem só compro mais um livro dela.
    Depois também há "A Relíquia" de Eça de Queirós, que eu ainda não entendi muito bem qual era a piada daquilo. "Falar Verdade a Mentir" de Garett, também odiei. "A Morgadinha dos Canaviais" de Júlio Dinis também foi um suplício chegar ao fim, mas no entanto li "As Pupilas do Senhor Reitor" do mesmo autor e adorei.
    José Rodrigues dos Santos é horrível. Faz uma confusão imensa.
    Estrangeiros, há um livro que simplesmente chego ao meio e paro. Já foram 2 vezes. "a alma do mundo" de Susanna Tamaro. Ainda me vou ter de decidir, mas eu penso que a humanidade que o livro tem, vai-me fazer gostar dele, porque muitas vezes eu me identificava com o que lia, mas não consigo passar do meio. Já li bastante da autora e o único que detestei foi "Vai aonde te leva o coração".
    Já li muita coisa de Agatha Christie e dizem que ela é a dona dos romances policiais, mas na minha opinião torna-se uma seca o livro, a saber a verdade só nas últimas páginas. Basta ler o primeiro capítulo e o último e quase que entendemos toda a história.
    Depois de fantasia, odeio a Saga Twlight ( e maldito dinheiro que gastei nos livros), "Os Corvos de Avalon" de MZB, todos da Anne McCaffrey e muitos mais dos quais nem o nome lembro.
    Um policial horrível: "Bisturi" de Paul Carson.

     

    O livro Mistério em Connellsville está a ser sorteado!
    Passe no meu blog e veja como participar!

     

    Independentemente de o livro ser bom ou mau, leio sempre até ao fim. Pode parecer masoquismo, mas a verdade é que já tive boas surpresas, “A Caverna” de Saramago foi uma delas.
    Mas o tema aqui é os livros que não gostamos. Não gostei da "Varanda do Frangipani" de Mia Couto, nunca consegui entrar na escrita do autor ao longo de todo o livro.
    Também não detestei Benjamim de Chico Buarque, em contrapartida acho que "Estorvo" e "Leite Derramado" são duas grandes obras literárias.
    Um autor que não consigo gostar é Paulo Coelho. Acho que tem uma escrita demasiadamente simplista e que vive num outro mundo que não é o nosso, o mundo dos sonhos.

     

    É um clássico e não gostei minimamente da história, apesar de ter gostado da escrita, é o "O Monte dos Vendavais" da Emily Bronte, não gostei nada das personagens nem da história, eram todos maníaco-obecessivos.
    "Os Maias" li na escola por obrigação e adorei, depois disso já li mais 2xs, recomendei-o à minha mãe que também gostou muito. Adoro a ironia queirosiana.
    "As viagens na minha terra" Almeida Garett, detestei, muito secante.
    Sem ser um clássico uma autora que de todo excluí das minhas escolhas foi Danielle Stell, muito mau.
    De Saramago estou a ler "O Evangelho segundo Jesus Cristo" apesar de estar a achar algo interessante, o estilo da escrita só me permite ler 10 páginas de cada vez, não estou a gostar muito, ao contrário de "Ensaio sobre a cegueira" de que gostei bastante.

     

    A maioria dos livros que não gostei de ler foram os livros de leitura obrigatória na escola, nomeadamente o "Viagens na minha terra" de Almeida Garrett. "Os Maias" e "Os Lusíadas" não consegui terminar. Já na faculdade tentei ler o "Assim falava Zaratustra" de Friedrich Nietzsche, mas era demasiado filosófico para o meu gosto...

    Geralmente também tento sempre ler os livros até ao fim, mesmo que não esteja a gostar particularmente, na esperança de que ainda me venham a surpreender.

    Acho que o facto de ultimamente não ter lido livros de que não gosto explica-se por apenas comprar livros de que, à partida, irei gostar.

     
    On 23 agosto, 2010 Carla disse...

    Eu de uma forma geral gosto de ler, tenho mais dificuldade em ler fantasia mas é porque ainda não trabalhei esta vertente da leitura.
    Bom tópico.
    Boa leitura;)

     

    Antes de mais devo felicitar-te pelo post que é bastante interessante.
    Tal como muita gente que aqui comentou também encontrei alguns livros que detestei ler. E comigo, quando não gosto, não consigo mesmo continuar. Se tenho tantos livros para ler e que de certeza vou gostar mais porque hei-de eu estar a martirizar-me com um livro de que estou a detestar?
    Por isso mesmo, o único livro que li até ao fim dos que vou enumerar foi "A Cabana" porque me foi oferecido para crítica e achei por bem lê-lo até ao fim para ter uma opinião completamente formada a seu respeito.
    Apesar de ter gostado de alguns livros de Saramago, tendo um deles incluído na minha lista de melhores livros que li até agora, detestei ler "Todos os nomes", não conseguindo avançar muito na na leitura.
    Outro que não consegui ler foi "Viagens na minha Terra" de Garrett. Ao contrário de outros livros do escritor como "Frei Luís de Sousa" e "Folhas Caídas" não consegui ler este clássico da literatura portuguesa.
    De obrigatória leitura no meu tempo foi o livro "A Sibila" de Agustina Bessa-Luís que também tive de terminar mas que foi um suplício. Eurico, o presbítero de Alexandre Herculano também é detestável.
    Relativamente a Eça de Queirós é um dos meus autores preferidos. Não há um livro dele de que tenha detestado.

     
    On 25 agosto, 2010 Paula disse...

    N. Martins,
    Ai tantos da tua lista que ainda tenho de ler :P

    Maria Manuel,
    Já alguns leitores referiram Augustina Bessa Luis como uma leitura de que menos gostaram. Acho que vou aproveitar e excluir a autora de vez das minhas leiuras :)

    Carlinha,
    Fantasia também não é o meu forte nas leituras. Depende...

    Landslide,
    Quando a leitura é obrigatória é complicado e normalmente tende a que não gostemos do que estamos a ler...infelizmente é assim, mas também temos de pensar que por vezes é necessário. Pois há pessoas/estudantes que se não forem obrigadas a ler nunca irão ler nada :(

    Tiago Franco,
    Também detesto deixar livros a meio, mas ultimamente tenho deixado sim. Há tantos livros para ler e bons, porquê perder tempo com o que não nos prende? :)

    Au Chocolat,
    O clássico que referiste "O Monte dos Vendavais" li o ano passado e adorei :)

     

    Não consigo ler António Lobo Antunes. E já tentei! Mas é uma missão impossível. Adoro Saramago

     
    On 18 novembro, 2010 Thamiris Sande disse...

    1808 de Laurentino Gomes. História fascinante, contéudo riquissimo, mas a forma como o autor apresenta os fatos, na Minha opinião, poderia ter sido melhor! Poderia chamar de uma leitura fatigante!

     

    Olá Thamiris Sande :)
    Não li 1808, é uma pena quando sentimos que o livro tem o seu valor pelo conteúdo, mas que pela exposição do autor não vale nada. Também já me aconteceu :(
    Abrao e obrigado

     

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