O Miúdo que Pregava Pregos Numa Tábua - Manuel Alegre
10/08/2010 by Paula

Isto faz com que autor volte à sua infância. Uma infância que foi, ou talvez não foi ou ainda é, a infância daquele que escreve.
O certo, é que “o miúdo que pedalava no carro de quatro rodas não consegue pedalar nas palavras. Por mais que os seus dedos procurem não encontra a música perdida.”
Mas descobre ritmos e formas de escrita antes da própria escrita porque no fundo a vida é um livro.
Entre o recordar da infância (quem sabe se a do próprio autor) e a juventude, o ritmo perde-se quando se recorda angustias, medos e injustiças.
Nas últimas frases, Alegre faz referência à Pide mais concretamente à Prisão de S. Paulo em Luanda onde foi severamente interrogado.
Este é um livro de escrita diferente, por vezes, quase que nos apela ao nonsense, tornando-se ao mesmo tempo poético e bastante filosófico.
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Classificação 4/7 bom
Concordo com a tua análise, Paula. Este não é dos livros mais atractivos de Alegre; usa uma linguagem muito simbólica, muito filosófica. Pereceu-me um Manuel Alegre com mais reflexão, mais "fibra" :) mas menos poesia.
Ainda assim gostei :)
Antes de ler qualquer outro do autor, vou optar por começar por "A Terceira Rosa", que o Manuel aconselhou e que depois descobri também aqui a tua opinião muito positiva. :)
Oii
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Bj
Manuel,
Eu gostei desta leitura, mas confesso que estava com expectativas altas e talvez por isso estava a esperar mais. No entanto não deixa de ser uma leitura muito boa e sem dúvida que filosófica.
Abraço
Tonsdeazul,
Para começar também aconselho a Terceira Rosa. Adorei e sei que também vais gostar.
Abraço
Alice_
Parabéns e obrigado
Eu gosto da escrita do Manuel Alegre. Li apenas dois livros dele, o Cão Como Nós e o Alma, ambos auto-biográficos. Embora goste da escrita dele, não me tem apetecido ler mais sobre a vida dele... porque aparentemente todos, ou a maioria, dos romances dele têm algo de biográfico e relativo à sua infância. Acho que é por isso que não tenho muita curiosidade por este mais recente livro dele.
N. Martins,
"A Terceira Rosa" é fantástico também, acho que irias gostar!
Abraço