Poema

O chapéu do Poeta Fernando Pessoa, 1979
óleo sobre tela
Costa Pinheiro ( um dos seus quadros do ciclo "Fernando Pessoa")
..
(...) Divido o que conheço.
De um lado é o que sou,
Do outro quanto esqueço.
Por entre os dois eu vou.

Não sou nem quem me lembro
Nem sou quem há em mim.
Se penso, me desmembro.
Se creio, não há fim.

Que melhor que isto tudo.
É ouvir, na ramagem
Aquele ar certo e mudo
Que estremece a folhagem (...)

F.P
Poemas 1908-1935

9 comentários:

    Sem saber quem é, perdido num labirinto interior, vemos dele o chapéu e o espírito inquieto que esvoaça.
    Gostei bastante desta imagem. :)

     
    On 15 maio, 2009 CICL disse...

    Muito bonito este poema... como sempre tens sempre assuntos interessantes para divulgar conosco.

     

    Adorei o texto, vc sempe descobre pérolas...

     
    On 15 maio, 2009 Paula disse...

    Livros e outras coisas:
    Gostei muito da interpretação que fizeste da imagem..."o espirito que esvoaça"

    Cristina:
    Obrigado :)

    Dornela:
    Fernando Pessoa é uma Pérola mesmo :)

    Abraços a todos

     
    On 15 maio, 2009 BC disse...

    Amei o poema, simples e directo.
    BEIJOS

     

    Gostei do poema!!
    Esta imagem dá ideia de ser um quadro de Magritte.. Será?
    Continuaçao de boas escritas e leituras..
    ;)

     

    É exactamente o que a imagem me sugere, Paula. :) É muito bonita e parece que solta logo amarras cá dentro.

    Senssis, trata-se de O chapéu do poeta Fernando Pessoa, 1979, óleo s/tela, 100x100 cm. O nome do pintor é Costa Pinheiro. É português e nasceu em 1932, em Moura. Este é um dos seus quadros do ciclo "Fernando Pessoa".

     
    On 18 maio, 2009 Paula disse...

    Livros e Outras Coisas:
    Muito obrigado pela informação :)
    Não sabia, tirei a imagem da net e não procurei informação acerca do quadro ou do seu pintar :(

    Obrigado e abraços

     

    Eu também não sabia o nome do quadro ou do pintor, Paula. Fiquei curiosa e, como Senssis perguntou... :)

     

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