Mãe
03/05/2009 by Paula
Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei.
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei.
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!
Poema de Almada Negreiros
Parabéns a todas as mães. Beijos
Amanhecer lendo este Blog, com uma homenagem ao dia da Mãe, foi começar o dia com esplendor, meus cumprimentos pela belísssima postagem,
Efigênia Coutinho
Olá Paula
Belíssima homenagem a todas as Mães neste seu dia.
Passa pelo meu blog, tens lá um miminho no final do post mais recente.
A todas as mães que o são de coração, todas as homenagens são devidas.
Magistral este poema.
Bjs
É lindo o poema do Almada Negreiros!
Muito parabéns! Feliz dia de Mãe!
:)*
Lindo mesmo!
Beijinho a todas a Mães!
Paulinha,
Não consegui visitar-te no Dia da Mãe. Hoje, finalmente, estou aqui. Parabéns por nos teres recordado o poema do Almada. Lindo, como tudo o que é dele!
Um grande beijinho, embora atrasado.