As Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian (1958-2002)
21/07/2017 by Lígia
Para o início efectivo das bibliotecas móveis em Portugal é apontado a data
de 1953, referente ao início dos serviços de uma biblioteca-circulante,
implementada por Branquinho da Fonseca, no Museu-Biblioteca do Conde Castro
Guimarães, em Cascais, onde na altura exercia funções de
conservador-bibliotecário. Esse carro-biblioteca deslocava-se até “às
associações, escolas e lugares centrais das povoações, proporcionando, através
do empréstimo domiciliário, o acesso ao livro pela população.” Era de carácter
gratuito e o acesso às estantes era livre.
As bibliotecas
itinerantes ou carros-biblioteca levavam a bordo cerca de dois mil volumes
arrumados nas estantes.
Circulavam por
territórios que abrangiam mais do que um concelho, permitindo, após o
cumprimento das formalidades de inscrição e requisição, o empréstimo dos livros
por períodos de um mês, prorrogáveis, sendo até possível efectuar reservas.
A opção inicial por
bibliotecas itinerantes foi motivada sobretudo pelo facto de grande parte das
populações nunca antes terem tido contacto com este tipo de serviço e como tal
revelava-se essencial ser a biblioteca a deslocar-se até elas, até em razão dos
potenciais leitores possuírem poucos tempos livres, e de os meios de deslocação
dos mesmos serem escassos. Com os veículos móveis era possível chegar ao
Portugal mais profundo, dos pequenos lugarejos, de habitações mais dispersas (e
uma grande parte destes povoados nem se localizava propriamente no interior do
país). Indubitavelmente o cerne deste serviço era o leitor e as suas efectivas
necessidades, o que era algo incomum nas bibliotecas mais tradicionais
portuguesas.
Para mais informação
consultar aqui.
De 15 em 15 dias era uma festa, foi quando li praticamente toda colecção de
“Os Cinco”, a “Nancy” e a “Patrícia”. No máximo podíamos levar cinco livros (eu
achava que era muito pouco, porque em três dia “devorava” tudo). Que recordação
maravilhosa.
Quem se lembra e frequentou estas bibliotecas MARAVILHOSAS??
Eu!Eu!Eu! À conta dessas bibliotecas li todos os livros que pude entre os meus onze e quinze anos, mais coisa menos coisa. Era um deslumbramento cada quinze dias, dar o cartão ao "motorista" e entrar à procura de novos livros. Escolhia uns à toa, outros a conselho de terceiros e não me arrependi de nenhum dos que li. Pena tenho eu agora, que não continuem a estacionar por aí, nos adros das igrejas ou onde quer que lhes desse mais jeito. Seria cliente assídua, de novo.
Olá Maria João.
Eu sem dúvida alguma que também seria cliente assídua e levava atrás o meu filhote e os amiguinhos dele. Eles iam adorar, tenho a certeza. :)
Beijinhos e bom fim-de-semana