"A Casa da Morte", James Patterson (Opinião)
21/08/2016 by Vasco
Sinopse
O n.º 7 da Ocean Drive é uma propriedade multimilionária
nos Hamptons, com vista para o mar, onde o dinheiro e o estatuto social não
conhecem limites. Mas a sua fachada em magnífico estilo gótico esconde um
passado terrível: a casa foi palco de uma série de homicídios sádicos e brutais
que nunca foram resolvidos. Conhecida como «A Casa da Morte», encontra-se agora
abandonada, e os habitantes locais preferem passar à distância.
Quando um homem influente e poderoso e a sua amante são
encontrados mortos naquela propriedade, a violência do local do crime choca a
detetive Jenna Murphy. E o que a princípio parece ser um caso simples acaba por
revelar tantos segredos chocantes como a própria Casa da Morte.
À medida que mais cadáveres vão surgindo, Jenna descobre
que os segredos que a Casa da Morte encerra remontam ao seu próprio passado. E
antes que a fatídica casa faça mais uma vítima, a detetive percebe que terá de
arriscar a própria vida para descobrir a verdade.
A Casa da Morte é um thriller arrepiante e de leitura
compulsiva sobre homicídio e vingança, que não vai deixar o leitor indiferente
ao estilo inconfundível de James Patterson, o autor n.º 1 em todo o mundo.
Opinião
Incrível. Equilibrado. Envolvente.
Começo a sentir-me complexado pela necessidade que tenho em
elogiar este autor sem qualquer tipo de reservas. No que respeita ao género, o thriller puro,
considero que James Patterson é um ás, um verdadeiro mestre. Alguém que
acrescenta sempre algo, quando julgamos que nada pode ser inventado ou
reinventado.
Depois de ter lido Private:
Las Vegas prometi não só a
mim mesmo como também aqui, no blog, que voltaria a pegar neste autor. Bem,
essa promessa não levou mais do que 3 meses a ser cumprida. E, diga-se, se o
livro anterior me impressionou, A
Casa da Morte arrebatou-me
por completo. Não consigo sequer imaginar que o autor possa fazer algo melhor
ou sequer de igual qualidade.
A Casa da Morte é
um thriller perfeito. Não lhe falta nada, tem
tudo. Tudo na medida e na proporção exactas. É aquele policial que acrescenta valor
ao género, como foi o caso de mais uma dúzia de obras que não interessa aqui
mencionar.
Existe, portanto, uma série de características que tornam
este livro ímpar. Os personagens, o timing,
a acção que parece estar permanentemente no pico, a coerência, a empatia, a
fluidez. Todas estas características estão presentes na dose ideal. É certo que
houve situações que não me surpreenderam. Mas é comum eu sentir isso. Creio,
aliás, que nunca fui totalmente surpreendido num livro. Verdadeiramente
surpreendido, quero dizer. No entanto, considero isso positivo, pois eu gosto
de ser guiado para onde o autor me quer levar. Agrada-me entender as coisas um
segundo antes, uma palavra antes. É sinal que o enredo faz sentido. E um
enredo com sentido é um dos princípios básicos de uma boa leitura.
James Patterson tem aqui um fã, deste lado do Atlântico,
não obstante o facto de ser o autor mais bem pago do mundo e de não precisar de
mim para nada, nem sequer da minha opinião. No entanto, para que fique bem
claro, este escritor tem conquistado uma parte de mim de cada vez que pego num
livro seu. Veremos quanto tempo demorarei a iniciar o próximo...
Vasco este é um dos teus autores favoritos?
Não te acanhes de o elogiar!
Só li um livro dele e gostei.
Bjs
:)
Não, eu só tenho dois autores preferidos: JONATHAN COE e HARUKI MURAKAMI.
Depois há meia dúzia que ficam entre estes dois e os outros. O Patterson faz parte dos "outros", nem sequer faz parte da "meia dúzia".