Chaga-me

Pelo primeiro raio de sol do dia acordei, dei uma trinca numa banana e senti-me o Pedro Chagas Freitas.
E, a meio da manhã, dei por mim a dizer em voz alta para quem me quisesse ouvir:

Hoje comi uma banana inteira, sem casca, claro. Estava áspera e não doce como tu costumas ser. Depois caí em mim: a banana era proveniente da República Dominicana. Claro, só podia. Por isso senti a tua falta. Tu és madeirense. E eu gosto delas, das bananas, bem pequeninas e amarelinhas. Pequeninas como eu, amarelinhas como as tuas unhas eram antes de serem de gel. Eu vejo-te, mas é, nas bananas madeirenses. Pequeninas e maduras e amarelas. Tu amarelas-me. Tu maduras-me. Nós bananamo-nos. Por isso hoje senti a tua falta. A banana era dominicana.

3 comentários:

    On 15 junho, 2015 Dulce disse...

    Ó Vasco vai uma pessoa de vacances 3 miseros dias, e voces vem para o blog "reinar". Tá mal, carago!!!
    Muito boa Vasco o que eu já me ri. Adorei!
    Vou ler Pedro Chagas Freitas!!!

     

    Deram-me um livro do senhor, vou trocá-lo o mais depressa possível...

     
    On 08 julho, 2015 Vasco disse...

    :D Podem ler, ou não!

     

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