Opinião:

Forte. Curioso. Agradável.
Este é um livro com uma escrita bastante simples. No início achei-o em demasia, confesso. Contudo, com o passar dos parágrafos e da acção, relativamente lenta mas que se restringe ao essencial, toda essa simplicidade acaba por ir ao encontro daquilo que é a realidade descrita. O personagem principal cobre todo o enredo com toda a sua astúcia e vontade de fazer algo que nem ele saberá ao certo.
"Homens em Armas" acaba por possuir uma intensidade bem enraizada na história pelo facto de sentirmos constantemente o desnorte e a inadaptação do protagonista, descartado daquilo que sempre soube fazer na vida. Após anos dedicados ao exército, ele vê-se cuspido para uma sociedade à qual nunca chegou a pertencer.
O livro transporta-nos para as ruas do México e, fundamentalmente, para uma vivência com muitas escolhas mas sem grandes soluções.

Sinopse:
“Uma verdadeira descoberta e um magnífico romance que convida à reflexão”El País, México Os membros do pelotão puseram-lhe a alcunha de Robocop. Mede um metro e noventa, pesa quase cem quilos e é um dos combatentes mais ferozes. Era sargento numa tropa de assalto mas, quando a guerra terminou e se assinaram os acordos de paz entre a guerrilha e o governo de uma nação da América Central, foi desmobilizado. Os únicos bens que conservou quando se reintegrou numa suposta vida civil foram três espingardas, oito granadas defensivas, a sua pistola de nove milímetros e um cheque equivalente a três meses de salário. Que fazer? Como os fracos não sobrevivem, Robocop continuará a dedicar-se ao único trabalho para que foi preparado: lutar. E assim virá a converter-se em membro de diferentes bandos de delinquentes que operam como comandos altamente especializados no ambiente de uma delicada transição política. Bandos onde a lealdade é apenas provisória e a traição sempre iminente.

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