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Lurdes Breda nasceu no concelho de Montemor-o-Velho. Frequenta o curso de Línguas e Literaturas Modernas – Variante Estudos Portugueses, da Universidade Aberta. Foi premiada em vários certames literários nacionais e internacionais. É autora de treze obras e coautora de outras sete (cinco das quais editadas no Brasil). Participa em atividades que visam a promoção do livro e da leitura. Colabora em revistas e em jornais de âmbito nacional e regional. http://lurdesbreda.wordpress.com/
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"Cresci com a paixão dos livros. Não lhes resistia. Sentia que me desafiavam a descobri-los. Eu perdia-me ─ ou encontrava-me, não sei bem ─ dentro deles, completamente alheada ao que me rodeava. Ainda hoje é assim.

Cada livro é especial à sua maneira. Com frequência, a impressão que um livro me causa depende do meu próprio estado de espírito e da maneira como me sinto perante a vida. O simples facto de estar a chover ou a fazer sol, estar feliz ou infeliz, influencia a minha leitura e a predisposição com que a faço. Inversamente, um livro também é capaz de influir na minha forma de estar e de ser.

Já li quase todos os géneros e um grande número de autores. Se há livros que me marcam pelo valor e requinte literários, há outros que me seduzem pelos sentimentos que partilham comigo ou que me despertam. “Vai Aonde Te Leva o Coração” de Susanna Tamaro é um desses casos.

Sem que o consiga explicar, existem coisas que perduram em mim muito para além do tempo e do espaço. Que me marcam. A impressão que este livro me causou, permanece dentro de mim, mesmo vários anos depois de o ter lido.

Nas palavras de uma mulher ─ estrutura narrativa adoptada pela autora ─ desfilam três vidas bem distintas e, contudo, tão intimamente ligadas. Três gerações de mulheres da mesma família, que inevitavelmente se sucedem e se cruzam, mas que, salvo os laços que as unem, se movem em diferentes palcos da vida.

O amor, a falta dele e o conflito de gerações são a base que alimenta esta obra. A ligação afectiva e incondicional que uma avó nutre pela neta e a distância que as separa, levam-na a escrever uma espécie de diário, em cartas que nunca chegarão ao destino. Nessas cartas, ela desvenda a história da família, de forma sofrida, porém, serena e cheia de maturidade.

A riqueza de sentimentos, a escrita sensível, a sabedoria e a experiência de vida que a autora oferece à nossa descoberta, tornam este romance numa prosa poética ou talvez numa enorme poesia em prosa...

Os seus relatos são, por vezes, tão repletos de ternura e de simplicidade, que chegam a doer na alma.

A vida e a morte vagueiam nas suas palavras natural e subtilmente.

Para Susanna Tamaro, uma árvore ou uma rosa são entidades vivas, que adquirem personalidade própria: [... tocar numa árvore não é diferente do que tocar em qualquer outro ser vivo...], [... as raízes fazem-na estar mais perto do coração da terra do que qualquer outra coisa, a copa fá-la estar mais perto do céu].

Eu, que respiro e me alimento da Natureza para escrever, mais seduzida fiquei por estes sentimentos.

Também é benevolente e afectuosa com os animais e com as aves. Tanto, que senti vontade de afagar e mimar o Buck […o hóspede mais infeliz e mais feio dos duzentos que havia no canil.].

Conhecedora de uma certa psicologia e comportamento humano, Susanna Tamaro baseia-se inúmeras vezes em elementos naturais para, através de comparações e de personificações, alcançar pensamentos mais profundos e de carácter filosófico.

Este livro fala sobretudo de sentimentos, vai provavelmente do amor ao ódio, mas é o amor relatado de uma maneira comovedora, a expressão dos afectos no seu aspecto mais intrínseco. Sempre actual, pela mensagem que encerra.

[E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar.].

Para ler, reler e voltar a ler outra e outra vez…"

Lurdes Breda
A minha opinião:
Este é um livro para os mais pequeninos.
Como o título sugere, fala-nos do alfabeto, mas fala-nos de forma especial, cada letrinha vem acompanhada de uma rima e de ilustrações lindíssimas. Muito atractivo, e ao mesmo tempo educativo para as crianças que estão a iniciar a escrita (como a minha filhota mais nova).
Divertido e engraçado, "O Alfabeto Trapalhão" de Lurdes Breda, pode ser uma ajuda preciosa na aprendizagem das primeiras letrinhas :)
Aconselho aos mais pequeninos!
Aqui fica uma fotografia de uma das páginas do livro para aguçar a curiosidade :P
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Classificação (de acordo com o género): 5/7 Muito Bom

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