Sinopse:
O mundo de Alice é quase perfeito. É professora em Harvard, vive com o marido uma relação que resiste à passagem dos anos, às exigências da carreira, à partida dos filhos. E tem também uma mente brilhante, admirada por todos, uma mente que não falha…
Um dia porém, a meio de uma conferência, há uma palavra que lhe escapa. É só uma palavra, um brevíssimo lapso. Mas é também um sinal, o primeiro, de que o mundo de Alice começa a ruir. Seguem-se as idas ao médico, as perguntas, os exames e, por fim, a certeza de um diagnóstico terrível. Aos poucos, quase sem dar por isso, Alice vê a vida a fugir-lhe das mãos. Ama o marido intensamente, ama os filhos, e todos eles estão ali, à sua volta. Ela é que já não está, é ela que se afasta, suavemente embalada pelo esquecimento, levada pela doença de Alzheimer.
"O Meu Nome é Alice" é a narrativa trágica, dolorosa, de uma descida ao abismo. É o retrato de uma mulher indomável, em luta contra as traições da mente, tenazmente agarrada à ideia de si mesma, à memória da sua vida, à memória de um amor imenso.

Opinião:
Uma obra que me deixou completamente rendida desde as primeiras páginas. Uma escrita simples e “corrida” que aborda um assunto muito sensível. Um assunto que infelizmente cada vez afeta mais pessoas perto de nós, a doença de Alzheimer. Foi muito difícil digerir as angústias e receios de Alice e da sua família. Alice tem apenas 50 anos, a maioria julga que quando se for muito velhinho talvez esta doença “silenciosa” nos poderá afetar. Ao longo da “luta” travada por Alice fiquei tão envolvida, que por vezes parecia que ela era minha mãe e eu tentava manter a pessoa que ela sempre fora, uma mulher inteligente, independente, feliz e realizada.

A certa altura ela pensou:
“Desejou ter cancro em vez de Alzheimer. Trocaria a Alzheimer por um cancro sem hesitar. Sentiu-se envergonhada por este pensamento, e era sem dúvida uma negociação inútil, mas cedeu à fantasia, de qualquer maneira. Com cancro, ela teria algo que podia combater. Havia a cirurgia, a radiação e quimioterapia. Havia a possibilidade de poder vencer. A sua família e a comunidade de Harvard unir-se-iam no apoio à sua batalha, que seria considerada nobre. E, mesmo que acabasse por ser derrotada, poderia olhá-los nos olhos, conscientemente, e despedir-se antes de partir.
A doença de Alzheimer era um monstro de um tipo completamente diferente. Não havia armas capazes de o chacinar. Tomar Aricept e Namenda era como apontar duas bisnagas rotas a um incêndio violento…”

“E, enquanto a cabeça calva e um laço de fita ao peito eram vistos como emblemas de coragem e esperança, o seu vocabulário relutante e memórias perdidas anunciavam a instabilidade mental e insanidade iminente. Quem tinha cancro podia esperar o apoio da sua comunidade. Alice esperava ser marginalizada. Mesmo os mais educados e bem-intencionados tinham tendência a manter uma distância temerosa dos doentes mentais. Ela não queria ser alguém que as pessoas evitam e a quem temiam.”

Dá que pensar…

Depois do livro resolvi ver o filme. Gostei muito mais do livro. Na minha opinião, várias partes tocantes e importantes não aparecem no filme e deveriam.
Deixo-vos o trailer para vos “aguçar” a curiosidade. ;)



1 comentários:

    Já vi o filme e chorei muito
    A minha avó tem alzheimer e é sem dúvida algo muito triste

     

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