Querida Ljeweale de Chimamanda Ngozi (Divulgação)
10/03/2018 by Paula
"Ensina
a tua filha que a ideia de 'papéis para cada género' é uma tolice. Nunca lhe
digas o que ela deve ou
não deve fazer só por ser menina. «Porque és menina» nunca é razão para nada.
Jamais." A Dom Quixote edita, na véspera do Dia Internacional da Mulher, o
livro "Querida Ijeawele - Como Educar para o Feminismo", da escritora
nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.
Ensaio que nasceu do desafio de uma amiga que lhe
perguntou qual a melhor forma de educar a filha como feminista. A
escritora respondeu com uma carta: Querida Ijeawele…Neste texto intimista,
faz 15 sugestões. O seu objectivo? Fortalecer as novas gerações de mulheres e
proporcionar-lhes as ferramentas para crescerem com um maior sentido de
identidade e independência.
Da aparência à parentalidade, do casamento à sexualidade
e até mesmo à escolha dos brinquedos na infância, a autora explora temas
fundamentais e incita as mulheres a desprenderem-se dos velhos mitos e de uma
sociedade predominantemente machista (ainda que, nalguns casos, de forma
encapotada).
Chimamanda Ngozi Adichie é uma das vozes mais poderosas
que se erguem neste debate. Embora seja um manifesto sobre o feminismo, este
ensaio não é apenas para mulheres. Porque o feminismo não pressupõe a exclusão
dos homens. Pressupõe a igualdade de direitos para todos, independentemente de
género, religião, idade ou preferências. Com humor, inteligência e compaixão,
Chimamanda reflecte sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje, numa
obra que luta apenas um mundo mais justo para todos.
"Em vez de ensinar a tua
filha a agradar, ensina-a a ser sincera e amável. Ensina-a a dizer o que pensa,
a dizer a verdade, a reflectir sobre a realidade. Ensina-a que se algo a
incomodar não se deve acomodar, deve gritar. O feminismo começa na
educação.Penso que é moralmente urgente ter conversas francas sobre como criar
as crianças de modo diferente, sobre como tentar criar um mundo mais justo para
as mulheres e os homens."