Opinião da Paula:
Com esta obra, Joel Neto mostra-nos o que aprendeu no campo e sobretudo o que o campo lhe ensinou.
Um livro escrito em forma de diário que nos vai relatando a vida - a vida tal como ela é! A simplicidade da natureza e a complexidade das relações (pois tal como o autor refere, a certa altura, não importa para onde vamos, jamais poderemos fugir ao Homem) as relações terão sempre caminhos escusos.
Ao longo da leitura, damos conta de várias temáticas, como os sonhos de gente simples, as amizades que se travam, a transformação da criança no adulto com a "morte" da inocência...
Como açoriana que sou, sorri a cada palavra, a cada parágrafo, ou porque vivênciei, assisti, ou porque ainda hoje passo por situações ali retratadas. Mas uma coisa é certa, há momento que apreciamos e que queremos que fiquem connosco para a vida, porque a nossa maturidade é outra, porque existiram outras realidades e sabemos aproveitar aquela ao ponto de a desejarmos eterna!
Aconselho, até porque para além de tudo o que eu já referi, o cheiro a mar e a terra chegam até nós, através das palavras de Joel.

Opinião do Vasco:
Este livro é uma espécie de reflexão e de diário em simultâneo. Parece até um livro que se destina ao próprio autor e às suas gentes, ao seu intimo e àqueles que partilham de uma mesma ideia.
Quanto ao que eu senti, o que posso dizer? Aceito a sua paixão pelo Açores e chego a compreendê-la. Aceito de igual modo todas as suas divagações pela vida, pelos costumes, pela sociedade, pela humanidade. Contudo, não posso assumir que me identifiquei com as palavras de Joel Neto, pois elas são, para mim, demasiado distantes. A mim, aquela vida e aqueles dias, vividos num lugar que não é o meu, não me trazem qualquer grau de cumplicidade e de empatia.
Não retiro o mérito à escrita de Neto nem à sua criatividade. Mas "A Vida de Campo" simplesmente não é uma leitura para mim.

1 comentários:

    On 10 novembro, 2016 Aida Silva disse...

    Gostei muito da escrita do Joel Neto (foi o primeiro livro que li), mas achei o livro dificil de ser agarrado.
    Mudei-me há muito pouco tempo para Lisboa e, tendo vindo de uma zona rural, senti uma identificação com as histórias que ele descreve, embora da perspectiva saudosista de quem deixou tudo para trás. No entanto, não foi suficiente para me prender. Achei aborrecido, por vezes.

     

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