Raduan Nassar é o vencedor do Prémio Camões 2016!


O mais importante prémio literário da língua portuguesa foi atribuído unanimemente pelo júri que afirmou: “Através da ficção, o autor revela, no universo da sua obra, a complexidade das relações humanas em planos dificilmente acessíveis a outros modos do discurso. Muitas vezes essa revelação é agreste e incómoda, e não é raro que aborde temas considerados tabu. Essa possibilidade dá-se no uso rigoroso de uma linguagem cuja plasticidade se imprime em diferentes registos discursivos verificáveis numa obra que privilegia a densidade acima da extensão”, conforme se lia no comunicado.
Raduan Nassar reagiu com surpresa a esta distinção que acolheu com “maior agrado e com orgulho”, afirmou ainda o Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado.
O escritor foi também finalista do Prémio Man Booker International.



A Companhia das Letras Portugal irá publicar já em Junho a novela Um Copo de Cólera, de 1978. E ainda este ano será publicado o primeiro romance do autor, Lavoura Arcaica, de 1975.

Sobre o livro:

Numa manhã qualquer, depois de uma noite de amor e da descoberta de que um batalhão de formigas destruiu a sua cerca de vegetação, um casal de amantes lança-se numa discussão sem tento, “com as formigas subindo pela garganta”, um duelo verbal em que o objectivo derradeiro parece ser a aniquilação do objecto de desejo. Entre insultos vitriólicos, tiradas cruéis e egos bélicos, a aventura sexual rapidamente se transforma num jogo de poder sem estribeiras.
Este breve romance – tão erótico quanto feroz – explora a fronteira entre o desejo de dominar e a vontade de ser dominado, entre a paixão e a submissão, expondo as complexas entranhas do amor. De tal forma tenso e vibrante, Copo de cólera rapidamente se transformou numa obra de culto da língua portuguesa, confirmando Raduan Nassar como um dos mais célebres escritores modernistas do Brasil, comparado a nomes consagrados como Clarice Lispector e Guimarães Rosa.
«Um dos pontos mais altos da língua portuguesa dos nossos tempos.» Folha de S. Paulo
«Um dos livros mais invulgares e incandescentes da literatura brasileira contemporânea.» Jornal da Tarde, Brasil
«Uma obra que é um pedaço de carvão ardente. (…) Tem mais poder nas suas poucas páginas do que a maioria dos livros com cinco ou dez vezes mais páginas.» The Guardian, Reino Unido
«Uma prosa feroz e lancinante, para devorar de uma só vez.» Frankfurter Rundschau, Alemanha


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