Sinopse
Ela é um ícone da família real britânica, amada tanto pela beleza como pela sua actividade humanitária e detestada pelo ex-marido e pela rainha de Inglaterra, sua ex-sogra. Quando uma bomba rebenta a bordo do iate onde passa as férias, os serviços de inteligência britânicos recorrem a um estrangeiro, o lendário espião e assassino profissional Gabriel Allon, para seguir a pista do autor material do atentado.
O objectivo de Gabriel recai em Eamon Quinn, perito no fabrico de explosivos e sicário ao serviço do melhor licitador. Quinn é um homem esquivo, um habitante das sombras, mas por sorte Gabriel não está sozinho no seu encalço. Conta com a ajuda do britânico Christopher Keller, um antigo militar de elite convertido em assassino profissional, conhecedor em primeira mão da eficácia mortífera de Quinn.
O Espião Inglês transita à velocidade da luz entre a sumptuosa ilha de Saint Barth e os bairros dos subúrbios de West Belfast, passando por uma casa nos penhascos da Cornualha pela qual Gabriel nutre especial afeição. E embora ao principio ele não se aperceba, Allon vai atrás de um inimigo de longa data: uma sinistra camarilha de homens poderosos aos quais nada agradaria mais que eliminá-lo de uma vez por todas.


Opinião
Viciante. Improvável. Real.
Apesar de  eu ler thrillers com alguma regularidade, nunca tinha pegado num livro escrito pelo Daniel Silva. Não sei bem a razão, mas nunca o tinha feito.
Como muitos livros do género, somos capazes associar toda a trama ao mundo real. Nesse aspecto, o livro é incrivelmente actual, mesmo que, como muitos autores gostam de referir, os personagens não sejam baseados em pessoas que não sejam fruto da imaginação do criador. Todos sabemos como estas coisas funcionam: dizemos que é tudo consequência da nossa imaginação mas, no fundo, queremos beliscar um Paulo Portas ou um José Sócrates.
Esta obra tem muitas características em comum com tantas outras obras que abordam a espionagem e a contra-espionagem. A essas não vou referir-me. Mas penso que existem algumas particularidades que se destacam. 
Uma delas é o carácter dos personagens. Todos eles são extremamente fortes. Muitos visuais e credíveis, se nos distrairmos por instantes podemos dar connosco a falar para o lado, como se estivéssemos acompanhados do Gabriel ou do Keller. Deste ponto de vista é impossível estarmos indiferentes a qualquer um dos protagonistas de O Espião Inglês.
Outra situação que creio que seja relevante é a fluidez da narrativa. Não é muito comum neste género literário que as acções ocorram de forma tão natural, quase como se não houvesse dedo de um homem só.
Por fim, gostaria de referir um outro aspecto. Tal como sucede numa ou noutra obra que li recentemente, Daniel Silva mostra uma enorme versatilidade na descrição de ambos os lados de cada facção. Ou seja, nós conseguimos saber o que vai na cabeça tanto dos bons da fita como na dos vilões. Isso é algo que não é fácil de conceber quando não se tenciona mostrar afinidades ou lados escolhidos.
Portanto, O Espião Inglês é uma óptima companhia, um óptimo livro para nos entretermos e vaguearmos pelas capitais europeias ao estilo de James Bond. Um livro, portanto, recomendável para todos. É através dele que a Harper Collins Ibérica entra, e em grande estilo, no mercado português.



2 comentários:

    On 07 abril, 2016 Paula disse...

    Parece muito bom!!
    Acho que o vou comprar!

     
    On 07 abril, 2016 Vasco disse...

    E é!

     

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