Alguns dos livros que foram lançados há pouco tempo ou que serão editados brevemente e que me chamaram a atenção:

Há muito que estou para ler este autor, acho que vai ser desta...

 Não é Meia Noite Quem Quer
de António Lobo Antunes
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 456
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722050944

Sinopse
O enredo do livro desenvolve-se em três dias, sexta-feira, sábado e domingo.
Uma mulher com perto de cinquenta anos vai passar um fim de semana na casa de férias da família, numa praia não identificada. A casa, modesta, foi vendida e ela quer despedir-se da casa, mas também relembrar tudo o que se passou ali - a sua infância com os pais e os irmãos, o suicídio do irmão mais velho, o irmão surdo-mudo, o complexo e dramático relacionamento dos pais, a menina da casa em frente, sua amiga do tempo de férias.
Vem depois a sua vida actual, mal casada, sem filhos, professora numa escola como tantas outras, com uma relação frustrante e sem entusiasmo com uma colega mais velha…
O falhanço que é a sua vida reflecte-se na casa há muito desabitada e nos sonhos de todos eles, ali irremediavelmente enterrados.
A despedida da casa pode levá-la a imitar o irmão mais velho e, no domingo, atirar-se das arribas e encerrar ali uma vida sem futuro.

De acordo com a sinopse não sei o que pensar deste livro... uma coisa sei de certeza, não vou ler! Primeiro, porque o único livro do autor que pretendo ler é "A filha do capitão", segundo porque JRS usa a "formula" de DB para escrever, terceiro porque já me basta ouvir sobre a crise todos os dias para agora ler um romance sobre a crise! 

A Mão do Diabo
de José Rodrigues dos Santos
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 592
Editor: Gradiva Publicações
ISBN: 9789896164942

Sinopse
A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.

O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.

O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.

A verdade oculta sobre a crise.

Numa aventura vertiginosa que nos transporta ao coração mais tenebroso da alta política e finança, José Rodrigues dos Santos volta a impor-se como o grande mestre do mistério. Além de ser um romance de cortar o fôlego, A Mão do Diabo divulga informação verdadeira e revela-se um precioso guia para entender a crise, conhecer os seus autores e compreender o que nos reserva o futuro.

Porque adoro poesia e já folheei esta preciosidade. Os poemas pareceram-me fortes, cheios de sentimentos. Vou ler em breve!

Invictas Brotassem
Autor: Clarice Nunes-Dorval
Colecção: Prazeres Poéticos
Páginas: 125
Data de publicação:Agosto de 2012
Género: Poesia
Preço: 11,00 €
ISBN: 978-989-697-647-7

Poesia: sentimento exposto, sem correção nem pinturas falsas. Sentimento espelhado no cru mover dos anos; poesia em estado próprio da alma, a alma transfigurada pelo mar, pelas rochas, pela ilha: a minha ou as nossas.

Poesia: sentimento meu, dado a sentir aos outros. Sentimento quebrado e recolhido pelos momentos chave de um viver, igual ou desigual aos vossos.

Poesia: sentimento que eu disse, pelas palavras da folha em branco. Sentimento vivido e calado, como tantos que vós calais.

Fiquei curiosa com o Nobel


Peito Grande Ancas Pequenas
Mo Yan
Ulisseia

Sinopse
O presente romance, publicado na China em 1995, causou grande controvérsia. Algum conteúdo de teor sexual e o facto de não retratar uma versão da luta de classes consentânea com os cânones do Partido Comunista Chinês, obrigaram Mo Yan a escrever uma autocrítica ao seu próprio livro, e, mais tarde, a retirá-lo de circulação. Ainda assim, inúmeros exemplares continuam a circular clandestinamente.Num país onde os homens dominam, este é um romance épico sobre as mulheres. Sugerido no próprio título, o corpo feminino serve como imagem e metáfora ao livro. A protagonista nasce em 1900 e casa-se com 17 anos. Mãe de 9 filhos, apenas o mais novo, é rapaz. Jintong é inseguro e fraco, contrastando com as 8 irmãs, fortes e corajosas. Cada um dos 6 capítulos representa um período, desde o fim da dinastia Qing, passando pela invasão japonesa, à guerra civil, à revolução cultural e aos anos pós Mao.Um romance que percorre e retrata a China do último século através da vida de uma família em que os seres verdadeiramente fortes e corajosos são as mulheres.

«Se quiserem, podem ignorar todos os meus outros livros, mas é obrigatório que leiam Peito Grande, Ancas Largas. É um romance sobre a história, a guerra, a fome, a política, a religião, o amor e o sexo!» Mo Yan.

Porque é um conto que teve o seu início com Sophia Mello Breyner Andresen 


Os Ciganos

Os Ciganos é um conto inédito de Sophia de Mello Breyner Andresen localizado no seu espólio na primavera de 2009. Este conto encontrava-se inacabado, tendo Pedro Sousa Tavares, jornalista e neto da escritora, assumido a responsabilidade de continuar uma história sobre o irresistível apelo da liberdade, sobre a atração pelo que está fora dos muros e pela descoberta do outro e suas diferenças.




5 comentários:

    Paula,
    sobre o Rodrigues dos Santos estás muito enganada. Ele não utiliza a formula de Dan Brown, pela simples razão que o que Dan Brown escreve é pura ficção que ele vai intercalando com alguns, poucos, factos verídicos. O Rodrigues dos Santos faz precisamente o contrário e, se pesquisares, chegas rapidamente à conclusão que ninguém desmente com provas o que ele escreve, porque ele prova o que escreve.
    Sobre este último, que eu estou quase a acabar, todos deviamos ler porque ele explica a crise e os verdadeiros motivos da crise e se calhar a visão actual mudava um pouco, até porque está cheio de alertas. Faz lembrar quando ele escreveu a Furia Divina onde refere que o petróleo está a acabar e a gasolina irá aumentar. Quando o escreveu, montes de gente criticou e chamou-lhe doido que estava a assustar as pessoas. Poucos anos depois, todos vê-mos o que sucedeu ao preço da gasolina.
    Agora, acho de uma enorme injustiça dizer que JRS copia a formula de Dan Brown. Só diz isso que nunca leu nada dele e isso é extraordinário, parece aqueles que criticam os livros sem nunca os terem lido.
    Agora não são um portento da literatura, mas entretém e, acima de tudo, informam, algo que a maioria dos livros não faz.

     
    On 28 outubro, 2012 Paula disse...

    Iceman,
    Como li DB e depois peguei num dos livros (já não me lembro qual)que o meu marido tinha comprado de JRS para ler, deparei-me que o início era exactamente aquela fórmula de DB. Um assassinato no início,os mapas tal como nos livros do DB, O Tomás Noronha que quase parecia uma réplica do Robert Longdon e na décima página parei a leitura e aí, tens razão, tenho julgado quase todos os livros do autor por aquelas dez páginas.
    Mas diz-me, tu que leste DB, JRS se não tem a mesma fórmula tem uma muito muito parecida. Estou assim tão errada??
    Não nego que pode informar as pessoas com base nas suas investigações, e que os livros até podem ser excelentes, mas esta parecença fez com que não pegasse mais nos livros dele.

    E a sinopse deste livro, não me agarrou de forma nenhuma, até pareceu-me falta de imaginação escrever que Tomás Noronha foi atingido pela crise e que foi para "a porta do centro de desemprego".

    Amigo, acho que é a primeira vez que discordamos, por isso vou comprar o livro e depois estarei aqui para me redimir ou não :D

     

    Vamos ver:
    O que se quer no romance, ou, pelo menos o que eu pretendo?
    Ficção que entretém mas que seja edificado em bases reais. É isso que eu procuro, por isso muito aprecio os romances históricos.
    Um autor de romances não tem de escrever sobre a realidade mas sim ficcionar essa realidade.
    Nesse prossuposto podemos analisar as obras de Dan Brown e Rodrigues dos Santos.
    Dan Brown criou uma fórmula, sem dúvida. Copiada por muitos, inclusive pelo próprio JRS, não desminto, mas a fórmula criada, ou pelo menos a raíz, é simples: um crime que dá origem a uma investigação que vai dar origem à descoberta de vários segredos seculares. Um investigador, montes de cenas cenamatográficas policiais, crimes, etc e tal e depois tudo se compõe e vamos chegar à conclusão de uma qualquer teoria da conspiração.
    Foi isso que Dan Brown criou, correcto?
    “Anjos e Demónios”, “Código Da Vinci” e “Simbolo Perdido”, os três romances criados por ele com essa formula. Tudo ficção! As teorias da conspiração são TODAS falsas, ao ponto de ter surgido livros que desmentiam, com provas, essas teorias.
    Agora analisemos os livros do JRS e o seu Tomás Noronha.
    Sucede um crime qualquer, eis que surge Tomás Noronha. Fórmula idêntica, é um facto. O homem começa a investigar e como obra de literatura é fraca, por si só não vendia, ele escreve mal. No entanto há algo que valorizo imenso: os assuntos são reais baseados em provas, investigações e por muito que se critique, como sucedeu com “O Último Segredo”, ninguém consegue provar o contrário ao que é informado no livro. Ou seja, o mérito do autor está em informar através de ficção e isso é algo que não podemos menosprezar.
    Repito, está longe de ser um portento literário, muito longe mesmo. Mas entretém e informa e isso é algo que poucos conseguem, pois o homem passa mais de meio ano a investigar sobre o tema e acho curioso depois ver as críticas e ninguém as conseguir debater ou desmentir.
    Da “série” Tomás Noronha aconselho o Codex e o Último Segredo. Para mim, os melhores. Este último está bom, mas enfim, informa muito bem, mas é muito “naif” em certos aspectos, até porque, depois de tantas aventuras, o Tomás já tinha obrigação de ser mais maduro.
    Em todo o caso e conforme eu já tive oportunidade de dizer de “viva voz” ao autor, melhor do que a Filha do Capitão duvido que consiga escrever.

     
    On 29 outubro, 2012 Paula disse...

    Então não estava enganada em relação à formula (e quando me referi à "formula", referia-me à estrutura em si, não ao conteúdo - ser verídico ou não).
    De acordo com o que dizes, os livros valem pela informação que transmitem. Uma informação real que pretende alertar quem lê. Tenho o Codex (acho) quando tiver um tempinho devoro :)

     

    Muito tentada a comprar "Peito Grande Ancas Pequenas".
    "A mão do diabo" não o pretendo comprar, mas o tema suscita-me curiosidade, por isso talvez o procure numa biblioteca.

     

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