"O Livro", aquele que para mim é único - Here Be Dragons de Sharon Kay Penman
13/10/2011 by Paula
A convidada que nos fala de "O Livro" é Cristina Torrão, autora dos romances Afonso Henriques, O Homem, D. Dinis, A Quem Chamaram O Lavrador e A Cruz de Esmeraldas.
"É realmente difícil apontar um livro, como aquele que para mim é único. O meu escritor preferido ainda é Eça de Queirós, que me leva a ler os seus livros várias vezes (digo “ainda é” porque há sempre escritores a descobrir). No entanto, e à semelhança de Pedro Miguel Rocha, que também aqui já dissertou sobre este assunto, vou optar pela obra que me fez mergulhar no universo da escrita. É um romance histórico, em língua inglesa, com o título Here Be Dragons. A sua autora: Sharon Kay Penman.
O primeiro livro que li de Sharon Kay Penman chamava-se Falls the Shadow. Contava as rivalidades entre o rei inglês Henrique III e o seu cunhado Simon de Monfort, que, no século XIII, empurraram a Inglaterra para uma guerra civil. Antes de ler este romance, nunca me tinha interessado por História (embora gostasse de ver filmes sobre a Idade Média), nem tão-pouco me passava pela cabeça começar a escrever romances históricos. Além disso, li-o por mero acaso, nos meus primeiros tempos na Alemanha (em 1993, ou 94). Para treinar o meu inglês, dediquei-me à literatura neste idioma e o meu marido, ao passar por uma das maiores livrarias de Hamburgo, deparou com uma secção de livros ingleses em promoção. Comprou-me o Falls the Shadow, apenas por ter gostado da capa, também não fazia ideia de quem era a escritora.
O primeiro livro que li de Sharon Kay Penman chamava-se Falls the Shadow. Contava as rivalidades entre o rei inglês Henrique III e o seu cunhado Simon de Monfort, que, no século XIII, empurraram a Inglaterra para uma guerra civil. Antes de ler este romance, nunca me tinha interessado por História (embora gostasse de ver filmes sobre a Idade Média), nem tão-pouco me passava pela cabeça começar a escrever romances históricos. Além disso, li-o por mero acaso, nos meus primeiros tempos na Alemanha (em 1993, ou 94). Para treinar o meu inglês, dediquei-me à literatura neste idioma e o meu marido, ao passar por uma das maiores livrarias de Hamburgo, deparou com uma secção de livros ingleses em promoção. Comprou-me o Falls the Shadow, apenas por ter gostado da capa, também não fazia ideia de quem era a escritora.
Li e adorei. E algo mais aconteceu: dei comigo a considerar escrever algo naquele género. Não sei explicar porquê, mas sentia crescer essa vontade dentro de mim. E a convicção de que seria capaz.
Pouco tempo depois, também por acaso, fomos a Londres, num fim-de-semana prolongado (uma viagem aliás cansativa, de autocarro, partindo de Hamburgo). Entrei numa das maiores livrarias, penso que foi a Waterstone, e perguntei a um livreiro quantos livros existiam de Sharon Penman. Ele conduziu-me a uma prateleira e eu constatei que, além de Falls the Shadow, havia mais cinco (naquela altura). Comprei-os todos!
Cristina Torrão
Boas!
Muito interessante esta pequena entrevista e curioso constatar que, por vezes, são acasos do destino que estão por detrás de feitos no nosso destino.
Em relação a Sharon Penman, constato que não está editado em Portugal, pelo menos em português. É uma pena, fiquei curioso.