Afinal o que "faz" um livro?

Depois de ter aconselhado aqui no blogue “O Diário da Nossa Paixão” de Nicholas Sparks para o dia dos namorados e de, nomeadamente, tê-lo sugerido no meio de clássicos da literatura como “Ana Karenina” ou “O Amante de Lady Chaterley”, surgiu a insatisfação (que eu respeito) de um leitor do blogue por eu ter feito tal indicação em conjunto com outros grandes livros.
O nosso amigo Argos do blogue Um Farol Chamado amizade levantou a questão “Afinal o que “faz” um livro?”.
Uma questão interessante, já abordada em outros blogues de forma diferente.
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Será que o que faz um livro é ele já ser um clássico de tal forma que quando nos debruçámos na sua leitura já vamos predispostos a classificá-lo como um excelente livro? Ou também podemos dizer que não gostamos de um clássico?
Seremos de alguma forma menos bons leitores se um clássico não nos agradar? Ou devemos dizer que gostamos apenas por ser um clássico?
Será que é o volume de páginas?
Ou por ter sido escrito por um Nobel, tem de ser à partida um excelente livro?
Ou simplesmente por reunir tudo o que nos agrada ao lermos?
O conteúdo, o enquadramento histórico, a informação nas entrelinhas?
Dependendo da altura da leitura é aquele que nos faz companhia e responde às nossas questões?
É aquele que (independentemente de ser um clássico ou não) está bem escrito, nos agrada ou toca de forma especial?
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E porque a interacção no …viajar pela leitura… é bem vinda, queiram os visitantes leitores deixar a sua opinião :)
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Imagem retirada daqui

12 comentários:

    Como alguns de vocês já sabem, eu tenho uma opinião um tanto radical sobre isso: não existem maus livros. Posso falar-vos do pior livro que li até hoje. Pelo menos, é o pior dos que li até ao fim: Mulheres, de Charles Bukowsky. Ora esse livro já vendeu centenas de milhares de exemplares. Por ser mau? Obviamente, não.
    Vamos imaginar uma lista feita por um ser omnipotente, capaz de avaliar os livros com justiça, fazendo uma lista desde o melhor de todos até ao pior. Esse, o último, seria o pior livro do mundo. No entanto, ele teria agradado a, pelo menos, uma pessoa: a quem o escreveu; caso contrário não teria sido publicado. Assim, ele contribuiu para a realização pessoal de alguém. Já valeu a pena ter sido escrito. Já é, para essa pessoa, um bom livro.
    Regressando ao espírito da mensagem: o que faz do livro um bom livro é dar-nos prazer, ou ensinar-nos algo. Tão simples como isso.

     
    On 16 fevereiro, 2010 B. disse...

    Olá Paula!

    Para mim um livro é bom quando me transmite algo, quando aprendo algo com ele, ou simplesmente quando a sua história me toca de alguma forma...

    bjinhs

     

    Concordo com o Manuel.
    Já li livros de que gostei numa altura e, passado algum tempo, não me dizem muito. Outros têm um percurso inverso. Já tentei ler livros de que me diziam muito bem, se conseguir passar da pégina 30 (é o meu limite de tentativa).Já li livros do nosso prémio Nobel que, enfim...( e não sou suspeita, acho que vou lendo tudo o que ele edita desde os anos 80).
    Afinal, o que faz um bom livro? Tocar-nos, dizer-nos qualquer coisa de diferente, que precisavamos de ouvir naquele momento.
    Já agora: tem de estar bem escrito. É que há algumas traduções que... nem faço comentários!

     

    Conordo com o que foi dito no post, e ao mesmo tempo com o Manuel Cardoso.
    E também não podemos gostar todos do mesmo, não é?

     

    Uma questão à muitas vezes feita, mas que neste caso aborda uma faceta mais específica: somos obrigados a gostar dos clássicos? A minha resposta é não, mas sinto que de certa forma somos levados a fazê-lo. É estranho.

    Bom Carnaval!

     
    On 16 fevereiro, 2010 Anónimo disse...

    Creio que um livro sempre é bom para alguém... Haverá sempre alguém que irá gostar de lê-lo, independente de ser um clássico ou não.

    Para mim, um livro é um amigo, uma companhia... Lê-lo, sem se afeiçoar a ele, sem sentir prazer na leitura é um crime contra si mesmo e contra quem o escreveu...

     

    Paula
    o que faz de um livro um livro é a reflexão,a paixão, o carinho, a solidão e o orgulho com que foi escrito. Um livro é feito disso, e de nada mais.
    Agora, o que faz com que um livro seja célebre, ganhe total receptividade do público, é o entusiasmo que consiga suscitar nos leitores, o que é completamente diferente da questão primeira.
    Com amizade.

     

    Olá.
    Para mim um bom livro, clássico ou não, é mais que um livro que nos dá prazer durante algumas horas. É aquele que depois de o lermos não nos sai da cabeça durante muito tempo. Ou então aquele que lemos depressa porque é irresistivel mas que temos de pena de acabar porque não nos queremos separar dele.
    Quanto aos clássicos, não somos obrigados a gostar deles para sermos bens leitores, mas penso que ficamos desiludidos com o livro e connosco quando não gostamos de os ler, ficamos sempre a pensar que nós é que não fomos capazes de entender toda a beleza e alcance do texto, pois se ele é considerado clássico, nobel, etc não deve ser por acaso.
    Por outro lado, ainda que por vezes não o admitamos ficamos todos orgulhosos da nossa cultura quando apreciamos um livro de um grande escritor.

     

    Para mim um bom livro é aquele que não consigo para de ler sabendo, no entanto, que quanto mais rápido o ler mais depressa o acabo e, preferia que isso não acontecesse. Quanto aos clássicos, sinto pressão para gostar deles e, talvez por isso tenha alguma dificuldade em apreciá-los pelo que são e simplesmente desfrutar da leitura. Não vejo qualquer problema em colocar Nicholas Sparks na mesma lista que Lev Tolstoi. Seriámos muito limitados e a vida seria bem triste se olhássemos os livros de um ponto de vista puramente académico e tecnicista...
    O que interessa é que toda a gente possa encontrar livros de que gostem e com os quais se identifiquem.

    Boas leituras!

     
    On 17 fevereiro, 2010 Anónimo disse...

    Olá Paula...

    Para mim o livro é uma companhia, é uma aventura sem hora pra terminar, sem compromisso, sem preocupações, ler é entregar-se no prazer de viver por alguns instantes um outro lugar, uma outra história, um novo personagem...

    Bjus

     
    On 18 fevereiro, 2010 Ana disse...

    O que faz o livro é o prazer e satisfação que dele retiro. Só.

    Boas leituras!!!

     

    Todos temos pontos em comum no que se refere à questão "Afinal o que "faz" um livro?" :P
    É aquele que nos toca, que nos diz algo, pode já ter sido escrito há algum tempo, como há meses :)
    O que realmente conta é que nos agrade de alguma forma.
    Um abraço a todos vocês e obrigado por partilharem neste espaço as vossas opiniões.

     

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