ISTO

Woman Reading 1894 - H. Matisse
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Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
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Tudo que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como um terraço
Sobre uma cousa ainda.
Essa cousa é que é linda.
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Por isso escrevo a meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
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Fernando Pessoa

13 comentários:

    Fernando Pessoa escreve divinamente não é mesmo!!! Um mestre! Gosto muito desse texto especificamente, acho muita verdade quando ele fala..."Por isso escrevo a meio,Do que não está ao pé,Livre do meu enleio,Sério do que não é.Sentir? Sinta quem lê!".. Parabéns pelo blog. Belissimo! Convido vc a visitar o meu também.. Vou segui-la...E colocar teu blog nos meus links favoritos, pois quero voltar mais vezes!
    bjo

     
    On 11 junho, 2009 Anónimo disse...

    Lindoooo...
    Só quem tem o gosto, o prazer por ler sabe qual diferença faz a leitura na nossa vida...
    Estou adorando seu blog...
    Abraços!!!

     
    On 11 junho, 2009 Argos disse...

    Fingir…sentir…
    O sentir surge depurado pela imaginação do poeta?
    Sendo assim o que sentimos ao ler é o nosso sentimento?

     
    On 11 junho, 2009 Paula disse...

    Sabrina:
    Olá Sabrina!Sim, Fernando Pessoa escreve divinamente. És sempre bem vinda :)

    Mariane:
    É verdade Mariane, só quem lê sabe a importância que a leitura tem.

    Argos:
    Definir poesia, definir poetas, definições difíceis...há os que são poetas, há os que são poetas da vida (como diz Augusto Cury)...
    Para mim, podemos fazer poesia "mecanicamente" em que apenas sai umas palavras bonitas que rimam, mas também podemos fazer poesia com sentimento. E para mim estas duas distinguem-se facilmente.
    Neste poema especificamente, acho que F.P. faz uma mistura entre sentimentos e ausência destes na composição da poesia, com o propósito de nos dizer que quem Lê sempre sente "a sua própria dor" e não a dor do poeta...
    E nisto concordo com F.P!

    Mas será que o poeta é um fingidor?? O bom poeta não é...
    Este assunto dava para uma tertúlia...
    ;)

     

    Obrigada pelo aviso...tem sido uma luta para colocar as fotos no blog.

    Agora já dá para ver!

    Bom fim de semana!!!

    Bjs

     
    On 13 junho, 2009 Tétis disse...

    Olá Paula

    Fernando Pessoa magnífico, como sempre.

    Este poema do "Cancioneiro" é mais um sobre a controversa temática de "o poeta é um fingidor".

    O teu blog está excelente, quer em conteúdo e visual, quer em som. A música é muito agradável e repousante.

    Parabéns.

    Beijos amigos

     
    On 13 junho, 2009 Paula disse...

    Ana:
    Já vi as fotos ;)

    Tétis:
    Obrigado Tétis :)

     
    On 13 junho, 2009 lili disse...

    Olá Paula, vim te fazer um visita e dizer que tem um prêmio para ti em meu Blog Nossos Romances. Me faz uma visita e pegue o seu!!

    Bjsss
    Lili

     

    Muito a propósito a tua escolhe destes versos do Fernando Pessoa! E soube que foi ontem, dia de Sto. Antônio, o aniversário do Poeta!
    (Falando em Sto. Antônio: há alguma festa em homenagem a ele aí nas ilhas?)
    Abraços!

     

    Estava só a espreitar quem me tinha simpáticamente visitado...fui ficando encantado pelas "sereias" do seu fundo musical!... Fui descobrindo as maravilhas que por aqui tem!

    Parabéns belo e de charme recheado cantinho!

    Fico lisonjeado por ter colocado o SightXperience na lista de viagens interessantes!

    Obrigado por partilhar tantas coisas bonitas.

     
    On 01 julho, 2009 Paula disse...

    SightXperience:
    Olá e obrigado pelas palavras :)
    O seu blogue faz parte das viagens interessante há algum tempo ;) As suas fotos são magníficas!!
    Abraços

     
    On 02 julho, 2009 Sight disse...

    Olá outra vez...

    Não se esqueça de "apanhar" o selo..."Blog Coração de Ouro" que estou a partilhar com os mues seguidores de ouro!

    Abraços

     
    On 08 julho, 2009 Sorobai disse...

    É dos nossos
    O mais refinado
    Lê-se sempre com agrado.

    Derradeiro!

    De todos
    O mais verdadeiro
    Para ser, sê inteiro.


    Obrigado pela boa memória, Paula.

     

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