Elegias de Duíno e Os Sonetos a Orfeu, Rainer Maria Rilke - Tradução de Vasco Graça Moura
09/02/2017 by Paula
Elegias de Duíno e
Os Sonetos a Orfeu, de Rainer Maria
Rilke, com tradução de Vasco Graça Moura, chega hoje às livrarias. Esta versão
bilingue, de dois ciclos importantes deste poeta maior da literatura alemã, tem
introdução de João Barrento.
«Invisível poema,
respirar!
Mundo, espaço e ser vislumbro
sem cessar em troca pura. O equilibrar
em que por ritmos me cumpro.
Mundo, espaço e ser vislumbro
sem cessar em troca pura. O equilibrar
em que por ritmos me cumpro.
Única onda
de que sou mar gradual;
o mais poupado na ronda,
ganho de espaço afinal.
de que sou mar gradual;
o mais poupado na ronda,
ganho de espaço afinal.
Quanto lugar dos espaços
dentro de mim se precisa.
Ventos, filhos nos meus braços.»
dentro de mim se precisa.
Ventos, filhos nos meus braços.»
Segundo João Barrento, «O que o
leitor d’Os Sonetos a
Orfeu e das Elegias de Duíno de Vasco Graça Moura reterá, além do
pormenor, é um conjunto notável que veste estes dois ciclos de Rilke como uma
segunda pele. A pele visível e a mais atual de Rilke em português. O princípio
orientador que o poeta Vasco Graça Moura parece seguir nesta sua nova aventura
pelo «espaço interior do mundo» da grande poesia de Rilke poderia ser o que o
próprio autor dos Cadernos de
Malte nos dá, pela boca do
seu narrador: Er war ein
Dichter und hasste das Ungefähre –
à letra: «Era Um poeta e detestava a imprecisão.»