(Esta opinião contém uma linguagem quase pornográfica)


Opinião masculina
Este livro fala de uma gaija virge. Mas não era apenas virge de coiso-e-tal; era também virge de ideias. Vai daí o que sucede? Aparece um gaijo rico e podre de bom. Mostra-lhe os abdominais e o helicóptero. Como consequência, ela apaixona-se. Sim, estas gaijas de hoje em dia já não se importam com o romantismo como no meu tempo. Já não há nada de bailes e namoricos e danças de rabo para trás para que os pais dela não reparassem no roço que acabava por acontecer atrás do celeiro, como nos tempos em que engatei a minha Gertrudes. Portantes, ele disse-lhe "quero comer-te". Ela respondeu "amo-te". E foi assim que a virge deixou de ser virge e passou a ser vadia. Virge de coiso-e-tal porque de ideias ainda demorou um pouco mais, mas não muito.
Só depois, enquanto se enterravam no lodo, é que ela percebeu onde se tinha metido. Mas não se importou porque o gaijo era n de rico, como adiantei há pouco, e, a bem dizer, ela até gostava das cenas dele.
E então ele contratou-a. Contratou-a mas não da forma que possais pensar. Contratou-a - note-se, acto de assinar um contrato - para poderem chafurdar na lama. Não na lama literalmente, tipo porcos. Antes na lama, tipo badalhocos. Badalhocos, loucos por tchóc -tchóc. O problema é que esse tchóc-tchóc não era um tchóc-tchóc qualquer. Ah, não era não. Era uma cena muito mais à frente. Cena tipo filmes porno, estais a ver? Tipo doentio; com algemas e vergastas e couro e látex e animais. Bem, os animais não entravam; confundi com um filme que vi no outro dia no CMTV, esse canal de qualidade inquestionável. Aparecia um burro, e esse burro... Bem, não interessa.
A verdade é que a gaija até gostava de apanhar no lombo. Ela e aquela a quem chamava de deusa interior. Nunca soube quem era essa, mas devia ser uma vaca do caraças. Uma vadia ainda mais vadia do que a protagonista. Até que um dia o gaijo abusa na porrada e ela amua. 
Depois o livro acaba sem se saber muito bem porquê. 
Trata-se de um enredo muito bonito e muito profundo. Dá bastante em que pensar. Nota-se que... Bem, não se nota grande coisa, mas, como crítico literário, se eu disser que o livro é oco as pessoas achar-me-ão, também a mim, oco. 
No entanto, desconfio que o gaijo passou a gostar dela. Só que se adivinhava um passado complicado e acho que era por isso que ele se queria vingar nela. É a lei da vida, não é verdade? "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", como dizia Darwin, aquele que levou com a maçã na cabeça.
Ah! Esperem lá. Depois fui ver o filme adaptado para o cinema. Não se comiam tantas pipocas quanto é habitual, mas nem por isso se ruminava menos. Percebi que, afinal, o gaijo não era assim tão bom como se pintava - estas merdas acontecem, os escritores exageram sempre - e o raio da deusa interior era uma gaija bastante tímida, pois nunca chegou a aparecer nas filmagens. Mas fiquei encantado com Seattle e com os arranha-céus e com o rabo dela. De facto era um rabo jeitoso. Com uma baliza daquelas também eu gostaria de marcar golos e enfiar as bolas lá dentro. 

12 comentários:

    On 10 julho, 2015 NLivros disse...

    Eh Eh.

    Gostei!

    Este é um dos mimos literários da Literatura Universal.

    ;)

     
    On 10 julho, 2015 Vasco disse...

    :D Universal é um termo interessantes, Iceman.

     
    On 10 julho, 2015 Carla disse...

    Olá,
    Eu não gosto do género literário em questão, mas não critico quem goste, tenho respeito pela diversidade de opiniões que existe aqui nestas diferentes atmosferas literárias.
    Contudo, e não posso deixar passar, apesar de ser uma leitora deste blogue e talvez até por o ser, não posso e não devo, por uma questão de respeito, deixar passar a falta de gosto no título escolhido para este post.
    «Uma visão masculina e labrega sobre As Cinquenta Sombras de Grey», claro que lido correctamente a visão masculina e labrega é para quem vai fazer a opinião, com todo o respeito, mas quem coloca um título assim sujeita-se a isto. Mas à primeira vista de relance isto é ofensivo para as pessoas que gostam da saga As Cinquenta Sombras de Grey e acho que acima de tudo um pouquito de mais consideração nunca fez mal a ninguém.
    Acho eu de que... mas eu sou uma simples mulher que não gostou das Cinquenta Sombras de Grey mas que acima de tudo respeito quem goste....e é muita gente.
    Mas uma coisa é certa só lê este comentário quem quer, verdade seja dita o aviso está lá linguagem pornográfica e acrescentaria infelizmente o escritor não é o Henry Miller e este não é o Trópico de Câncer.
    Boas leituras a todos e com todos os livros pois cada um gosta do que lhe dá prazer de ler.

     
    On 10 julho, 2015 Vasco disse...

    Tem toda a razão, Carla, quando diz 'é para quem vai fazer a opinião'. O título refere-se a quem opina, não a quem o lê. Esta visão não tem nada de ofensivo para com o género literário. Da mesma forma que eu me sujeito às críticas relativamente aos artigos que publico - e faço-o com todo o gosto - também estas publicações estão sujeitas a qualquer análise.
    Assumo até que não desgostei do livro, até me entretive. A visão acima demonstrada não é uma opinião como as restantes, é uma visão masculina de um labrego. É um relato. Talvez faça o mesmo relativamente ao Saramago ou ao Lobo Antunes. Este texto nada tem que ver com o género literário nem com os seus leitores.

     
    On 10 julho, 2015 Aida Silva disse...

    ahahah
    ahahah
    não aguento
    ahahah
    ahahah para tudo.
    Não li o livro, nem vi o filme, porque nenhum dos dois me desperta o interesse. Assim, não posso manifestar a minha opinião por falta de cabal conhecimento.
    Mas foi uma das minhas críticas favoritas :D
    Génio.

     
    On 10 julho, 2015 Carla disse...

    Olá Vasco,
    Contudo acho que percebeu o que eu queria dizer. Também gosto de dar as minhas opiniões e achei por bem dar a minha.
    Boas leituras.

     
    On 10 julho, 2015 Vasco disse...

    Não leste nem viste, Aida? Que pena!!!
    E eu a pensar que íamos discutir acerca daquela cena em que ela e ele se encontram numa masmorra repleta de utensílios medievais.

    E fez muito bem, Carla. Toca a opinar.

     
    On 10 julho, 2015 Dulce disse...

    Ah! Ah!
    Quase chorei a rir!!!
    Não li a saga, nem quero ler, não vi o filme nem quero ver!
    Opiniões!
    Mas adorei esta visão labrega!
    Bjs

     
    On 10 julho, 2015 Vasco disse...

    Também não leste nem viste, Dulce?! Raios!

     

    Não li, nem vou ler porque o tema de livro não está dentro dos meus apreciados, e jamais iria ver o filme. Li a sinopse uma única vez e ficou tudo dito. Não, tudo não, esta critica disse o resto! Gostei e não acho que ofenda quem gosta do livro. É apenas uma opinião, como tantas outras. Não, melhor que tantas outras. Bom fim de semana.

     
    On 10 julho, 2015 Dulce disse...

    Vasco
    Tenho a minha vida sexual e não só bem resolvida, não preciso de "insentivos" desses.
    E quando um livro é lido por tantos milhares de "people" e todos adoram, hum! eu desconfio e não vou em "manadas".
    Tenho amigas que me gozam por ler muito e quando saiu esse livro todas compraram e ler como não houvesse amanhã!! Poupem-me!
    As sombras fizeram me lembrar exatamente a mesma coisa quando foi o livro da Carlina Salgado, adoram o livro, e o filme fantástico muito melhor que o livro, porque o actor que fazia de Pinto da Costa era um gato, nada mais nada mesmo que Richard Gere, um must....
    Bjs
    Vasco

     
    On 10 julho, 2015 Vasco disse...

    :) Bom fim de semana, Maria João :)

    Por falar nisso, viva o Pinto da Costa, Dulce! Bj :D

     

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