Sinopse
O êxito de vendas mais rápido de sempre. 
O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros. 
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia... 
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 
Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.


Opinião
Inteligente. Desvirtuado. Ilusório.
Em primeiro lugar devo dizer que detestei o título. Odeio-o com todas as minhas forças. Se faz sentido? Sim, faz. Se é a melhor forma de identificar o enredo, assim como interligá-lo? Sim, provavelmente. Se está presente em toda a história? Sim, claro. Mas odeio-o.
E por que razão o odeio tanto? Porque o raio do livro é brilhante.
Vamos por partes. É certo que eu sempre gostei de narrativas que exploram o lado negro das pessoas. Mas Paula Hawkins vai buscar um lado tão negro que mais negro seria impossível.
Não considero que seja um thriller. É muito mais do que isso. Apelidar este livro de thriller como tem acontecido é algo redutor. Como se fosse catalogado para ser destinado a ser algo que na verdade não é.
A autora pega numa série de personagens que, por um motivo ou por outro, estão ligadas entre si - ou se vão ligando ao longo do tempo - e explora tudo o que de mau eles possuem. Explora os seus demónios, os seus medos, os seus defeitos, as suas fantasias, as suas vontades mais sombrias. E, claro, quando os demónios se apoderam de nós coisa boa não pode chegar,
A dependência do álcool, a traição, os fantasmas, os sentimentos de impotência e de posse são, eventualmente, mais fortes do que laços de amor, familiares ou de amizade. Isto porque o mundo é, de facto, assim. Nós, seres humanos, somos mesmo assim, principalmente quando não estamos em paz.
Agora, no interior deste enredo que é mais complexo do que aquilo que parece, existe algo que me fascinou: a dúvida. A dúvida está sempre presente. É permanente. Apodera-se de cada página. A dúvida emocional. As dúvidas interiores, sobre os mais próximos, sobre terceiros, sobre o tempo, sobre o passado, sobre o que se sabe e o que não se sabe. Tudo parece estar em jogo porque não há certezas. Nem certezas nem sobriedade. Neste mundo - o de Paula Hawkins - comandado por um comboio desgovernado as coisas não são o que parecem. As vidas são uma eterna mentira. E mais, geralmente são mesmo aquilo que não queiramos que seja, embora desejemos ver o que não é.
Há quem diga que o êxito que "A Rapariga no Comboio" (raios!) teve se deve ao marketing e ao facto de ter havido uma aposta forte na autora. Eu digo e assumo: Paula Hawkins é absolutamente genial.
Adorei tudo o que este livro me transmitiu. Está perfeito.

5 comentários:

    On 21 julho, 2015 Andreia Mateus disse...

    Estou mesmo muito curiosa sobre este livro!!!
    Já está na lista de livros a ler :)

    Boa semana!

     
    On 21 julho, 2015 Carla disse...

    Olá Paula,
    Eu li este livro mal saiu e adorei o enredo, as personagens, o suspense e o final é incrível.
    Boas leituras.

     
    On 21 julho, 2015 Vasco disse...

    Vale a pena, Andreia.

     
    On 22 julho, 2015 Paula disse...

    Excelente comentário!

     
    On 28 julho, 2015 Vasco disse...

    Hum...

     

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