Sinopse
Há segredos que não podem ficar enterrados para sempre… 
Numa encosta perto de Reiquejavique, algumas crianças brincam junto aos alicerces de uma nova casa em construção quando, de forma inesperada, encontram uma costela humana. 
A mórbida descoberta leva de imediato o inspetor Erlendur e a sua equipa da polícia científica a instalarem-se no terreno, unindo esforços para desenterrar o resto do corpo secretamente sepultado e ao mesmo tempo investigar aquele estranho caso feito de contornos brutais, escondido debaixo de terra desde o período da II Guerra Mundial.
À medida que cada osso vai sendo desvendado, também a história de violência doméstica e corrupção no seio de uma família vem ao de cima, oferecendo àquele mistério sinais cada vez mais tenebrosos de que o terror pode ser coisa de gente comum.
O caso exige toda a coragem que o inspetor Erlendur possa encontrar em si, ele que, assistindo à morte lenta da própria filha toxicodependente, que depois de abortar entra num coma profundo, não pode evitar confrontar-se com as responsabilidades de ter levado, também ele, a sua família a uma degradação quase completa.

Opinião
Fluido. Interessante. Revelador.
Este livro de Arnaldur Indridason – necessito sempre de espreitar o seu nome para escrevê-lo correctamente – segue a mesma linha daquilo a que estamos habituados a ver dele. Um ritmo contínuo. Personagens inesperadas. O descortinar de um pouquinho mais da vida pessoal da equipa policial. Um tema que não esteja muito explorado. Uma Islândia encoberta.
Apesar de os protagonistas serem os mesmos de outros livros publicados pela Porto Editora, a leitura de “A Mulher de Verde”, assim como dos restantes, pode ser efectuada sem que se tenha conhecimento dos outros.
A meu ver, trata-se de um policial com algumas particularidades que distinguem o autor dos restantes mestres nesta área. E é isso que me faz querer ler todos os seus livros, porque sei que existe sempre algo que me interessa e me motiva. O enredo não tem grandes picos, mas prende permanentemente o leitor. Para além disso, há, no texto e na mensagem, um constante alerta para assuntos que envergonham a moralidade do Homem, neste caso dos homens, que incutem o medo nas mulheres com quem partilham a vida e nas crianças que a partir de certa altura começam também elas por fazerem parte dessas mesmas vidas.
Considero “A Mulher de Verde” altamente recomendável principalmente – e esta é que é a grande novidade – àqueles que lêem de tudo um pouco e não apenas aos aficionados pelo género policial. É, ao fim e ao cabo, um livro que testa os limites das personagens, sem que os leitores consigam prever até onde esses mesmos limites podem ir.

Foi, na verdade, o livro de Arnaldur Indridason que mais gostei de ler.

3 comentários:

    On 16 maio, 2014 Paula disse...

    Não sou grande fã de policiais, mas este parece-me interessante! No entanto, já sabes, o nome destes personagens enervam-me -_-
    Gostei da tua opinião!

     
    On 16 maio, 2014 Vasco disse...

    :) Este chama-se "Erlendur"...

     

    Gosto de policiais...estou tb curiosa por conhecer um pouco mais sobre a vida pessoal dos agentes,quanto ao nome,minha Nossa Senhora...que raio de nome,deve ser mesmo do tempo dos bárbaros que habitavam o Norte da Europa...

     

Blogger Templates by Blog Forum