Amuleto, Roberto Bolaño (Divulgação)
16/03/2013 by Paula
Amuleto
Roberto Bolaño
Género: Romance
Tradução: Cristina Rodriguez e Artur Guerra
N.º de páginas: 144
«Com 2666, Roberto Bolaño
redefiniu a forma do romance; com a narrativa delirante de Amuleto, reinventa
aquilo em que a literatura se poderá transformar.»
New Statesman
A voz arrebatadora de Auxilio
Lacouture narra um crime atroz e longínquo, que só virá a ser desvelado nas
últimas páginas deste romance – no qual, de resto, não escasseiam crimes, sejam
eles os dos quotidiano, ou os da formação do gosto.
Uruguaia de meia-idade, alta e
magra como Dom Quixote, Auxilio ficou escondida na casa de banho das mulheres,
enquanto a polícia ocupava, de forma brutal, a Faculdade de Filosofia e Letras
da Cidade do México, em 1968. Durante os dias que aí permaneceu, os lavabos
converteram-se num túnel do tempo, que lhe permitiu rememorar os anos vividos
no México e antever os que estavam por vir.
Neste exercício evoca a poeta
Lilian Serpas, que foi para a cama com Che, e o seu desafortunado filho; os
poetas espanhóis León Filipe e Pedro Garfias, a quem Auxilio serviu
voluntariamente como empregada doméstica; a pintora catalã Remedios Varo e a
sua legião de gatos; o rei dos homossexuais da colónia Guerrero e o seu reino
de terror; Arturo Belano, uma das personagens centrais de Os Detetives
Selvagens; e a derradeira imagem de um assassínio esquecido.
Depois de 2666, O Terceiro Reich,
A Literatura Nazi nas Américas, Os Dissabores do Verdadeiro Polícia e A Pista
de Gelo, a Quetzal prossegue a publicação das obras do chileno Roberto Bolaño,
o mais marcante escritor latino-americano da sua geração.