Frankenstein - Mary Shelley

Frankenstein or The Modern Prometeus é o resultado de um desafio proposto por amigos a Mary Shelley. Os três deveriam escrever uma história de fantasmas. Mary é a única a concluir o desafio com a história que se tornou um clássico “Frankenstein”.
Existem ainda rumores de que Mary Shelley conheceu um parente da família Frankenstein que lhe inspirou na criação desta narrativa. Pois consta que no castelo Frankenstein na Alemanha, o alquimista Dippel executava experiências com cadáveres e assinava-os como “Von Frankenstein” mesmo não tendo nenhum grau de parentesco com a família.
Note-se que Shelley nunca admitiu nem mencionou nada acerca dos referidos rumores para a elaboração do livro.
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Sinopse:
"Frankenstein conta a história de Victor Frankenstein, um jovem estudante, que a partir de corpos de seres humanos que obtinha em cemitérios e hospitais consegue dar vida a um monstro que se revolta contra a sua triste condição e persegue o seu criador até à morte."
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A que eu achei:

Achei que o livro é realmente magnífico e que por mais que vejamos o filme sem ler o livro, a mensagem de Mary Shelly não consegue trespassar o grande ecrã.
Só através da leitura nos damos conta dos sentimentos da criatura de Frankenstein e dos próprios sentimentos do criador.
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A história do monstro é contada pelo seu criador Victor Frankenstein a Walton.
Walton encontra-se numa perigosa expedição rumo ao Pólo Norte. É curioso, aventureiro, sensível e está sedento de conhecimento. Mas falta-lhe algo, falta-lhe um amigo. É então que recolhe Victor Frankenstein no seu navio e no decorrer dos dias fica a saber a terrível história que o consome – A criação de um monstro capaz de destruir a humanidade se assim o entendesse.
Mas este ser horrendo, só se tornou monstro a nível de sentimentos após lhe ter sido negado um lugar na sociedade. Até então havia desenvolvido sentimentos nobres, como o amor, a compaixão e a solidariedade. O monstro teve oportunidade de aprofundar estes sentimentos lendo “O Paraíso Perdido” de John Milton, “Werther” de Goethe e “Vida dos Homens Ilustres” de Plutarco.
Contudo, a partir do momento que sente o desprezo, o egoísmo e a injustiça dos homens para consigo torna-se também ele vingativo. Gerando assim, o maior sofrimento ao seu criador e a si próprio.
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Um livro excelente onde são abordado temas muito actuais. Um deles o preconceito que infelizmente faz e sempre fará parte da sociedade, o outro diz respeito ao assumir dos actos. Não realizar acções simplesmente para provar ser capaz, mas ter coragem para assumir as responsabilidades consequentes de tais actos.
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Uma leitura que recomendo!
Classificação 6/6 - Excelente

16 comentários:

    On 01 dezembro, 2009 Jojo disse...

    Este livro está minha lista há imenso tempo. Não encontro aqui na minha terrinha. Espero um dia lê-lo!

    Bjokas Paula

     

    Gostei muito de ler a tua opinião. Este livro é um dos meus preferidos! Li-o em 1995 e ainda me recordo de algumas partes da história... De facto, marcou-me imenso. Eis a minha sugestão como o livro do mês: http://viagemnasleituras.blogspot.com/search/label/Mary%20Shelley

    Bjitos

     

    Ola

    "Este blog é um chocolate para a alma" o selinho espera-te nas minhas chuvas.

    Beijinho

     

    Oi querida ..
    me surpreendeu .. eu acho que eu nunca iria compra um livro desse gerero mais com sua resenha eu adorei ..
    bjokasss

     

    Li este livro há pouco tempo e foi uma agradável surpresa :)

     

    Nossa, super classificação... não é tipo de leitura que me atrai muito, mas confesso que fiquei curiosa...

     

    Jojo, encomenda na Wook. Chega num instante :)
    Beijinhos

    Marta,
    Obrigado

    Ludmilla,
    Acho que vai gostar, eu também tinha uma idéia diferente. É um livro que valé a pena.

    Jacqueline,
    Também gostei bastante. Tinha uma idéia um pouco diferente da história. Adorei!

     

    Débora Lauton,
    Tenho quase a certeza de que ias gostar :)
    A história aborda principalmente os sentimentos da criatura enquanto "ser" abandonado pelo seu criador e os sentimentos do criador...de um lado a humanidade que tem de proteger e do outro o "ser" que criou e que tem de destruir. É uma história excelente.

     

    Esse livro é um clássico! Maravilhoso! E é legal pensar que a autora escreveu a história aos 18 anos... bjs

     

    olá Paula!

    tens um selinho especial no meu blog!

     

    Tens um selinho no meu blog

     

    Tens um selinho no Refugio dos Livros :D

     
    On 04 dezembro, 2009 JM disse...

    Deixei-te um miminho lá no blog.
    Beijinhos!

     

    Li este livro há algum tempo e também o considero magnífico.
    Enquanto que boa parte dos filmes baseados na obra preferem destacar o caráter de "terror" que o monstro inspira, o livro é, na verdade, uma reflexão sobre os julgamentos que fazemos. Sobre aceitar ou não o "diferente" e os impactos que isso pode trazer, sem que sequer suspeitemos.
    Realmente uma ótima leitura.
    Abraços!

     

    Lands book, Diana, JM
    Obrigado :)

    Tathy e Eduardo Trindade,
    Quando ouvimos falar em Frankenstein, vem-nos à lembrança um filme de terror, mas como dizes Eduardo, é muito mais que isso. É essencialmente uma história sobre sentimentos :)
    Um abraço!

     

    li ávidamente.e depois senti nova vida a brotar detro de mim.e li de modo que quase sentia a respiração da criatura.

     

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