A ESTRADA - Cormac MacCarthy
25/08/2009 by Paula
“Um pai e um filho caminham sozinhos pela América. Nada se move na paisagem devastada, excepto cinza no vento. O frio é tanto que é capaz de rachar pedras. O céu está escuro e a neve, quando cai é cinzenta. O seu destino é a costa, embora não saibam o que os espera, ou se algo os espera. Nada possuem, apenas uma pistola para se defenderem dos bandidos que assaltam a estrada, as roupas que trazem vestidas, comida que vão encontrando – e um ao outro.
A Estrada á a história verdadeiramente comovente de uma viagem, que imagina com ousadia um futuro onde não há esperança, mas onde um pai e um filho “cada qual o mundo inteiro do outro”, se vão sustentado através do amor. Impressionante na plenitude da sua visão, esta é uma meditação inabalável sobre o melhor e o pior do que somos capazes: a destruição última, a persistência desesperada e o afecto que mantém duas pessoas vivas enfrentando a devastação total.”
A minha opinião:
Um homem caminha por uma estrada com o seu filho. Tenta chegar ao cume para que possam sobreviver. Algo aconteceu ao planeta terra. Não se percebe concretamente o quê. A paisagem descrita, é de tudo em redor estar carbonizado: casas queimadas, natureza completa e irremediavelmente morta, humanos carbonizados, o Sol desapareceu, os dias são cinzentos, tudo é cinza: a chuva, a neve. A noite é completamente escura. Não há luar. É a destruição total!
Todo este cenário, faz-nos reflectir sobre o que presentemente temos (na natureza) e que um dia poderá deixar de existir.
Quantas “desculpas” usaremos para com as gerações vindouras??
Há uma frase em particular que nos leva a reflectir sobre os nossos actos. A certa altura da história. Pai e filho chegam a uma praia. O filho ansioso corre a ver o mar e mostra-se desiludido. O pai olha-o e diz: “desculpa por não ser azul”. Esta desculpa pode ter vários sentidos… A mim, fez-me pensar que por culpa dos humanos o planeta fora reduzido a cinzas.
Nunca chegamos a perceber o que realmente aconteceu. Contudo, há uma pista que fica no ar de que os humanos já esperavam esta devastação: “As pessoas estavam sempre a preparar-se para o futuro. Eu não acreditava nisso. O futuro não se estava a preparar para elas. O futuro nem sabia que elas existiam.”
Um futuro que acabou revelando-se macabro para os humanos.
Neste caos em que imerge o “novo” mundo, existem dois grupos de pessoas, os maus (canibais) e os bons (os que transportam o fogo).
Sobreviver é complicado, tudo foi saqueado, mas pai e filho conseguem a muito custo. Estes fazem-se acompanhar de uma pistola, cujas balas estão destinadas unicamente aos dois, (para porem um fim àquele interminável sofrimento) mas será o pai corajoso o suficiente para matar o próprio filho?
A Estrada á a história verdadeiramente comovente de uma viagem, que imagina com ousadia um futuro onde não há esperança, mas onde um pai e um filho “cada qual o mundo inteiro do outro”, se vão sustentado através do amor. Impressionante na plenitude da sua visão, esta é uma meditação inabalável sobre o melhor e o pior do que somos capazes: a destruição última, a persistência desesperada e o afecto que mantém duas pessoas vivas enfrentando a devastação total.”
A minha opinião:
Um homem caminha por uma estrada com o seu filho. Tenta chegar ao cume para que possam sobreviver. Algo aconteceu ao planeta terra. Não se percebe concretamente o quê. A paisagem descrita, é de tudo em redor estar carbonizado: casas queimadas, natureza completa e irremediavelmente morta, humanos carbonizados, o Sol desapareceu, os dias são cinzentos, tudo é cinza: a chuva, a neve. A noite é completamente escura. Não há luar. É a destruição total!
Todo este cenário, faz-nos reflectir sobre o que presentemente temos (na natureza) e que um dia poderá deixar de existir.
Quantas “desculpas” usaremos para com as gerações vindouras??
Há uma frase em particular que nos leva a reflectir sobre os nossos actos. A certa altura da história. Pai e filho chegam a uma praia. O filho ansioso corre a ver o mar e mostra-se desiludido. O pai olha-o e diz: “desculpa por não ser azul”. Esta desculpa pode ter vários sentidos… A mim, fez-me pensar que por culpa dos humanos o planeta fora reduzido a cinzas.
Nunca chegamos a perceber o que realmente aconteceu. Contudo, há uma pista que fica no ar de que os humanos já esperavam esta devastação: “As pessoas estavam sempre a preparar-se para o futuro. Eu não acreditava nisso. O futuro não se estava a preparar para elas. O futuro nem sabia que elas existiam.”
Um futuro que acabou revelando-se macabro para os humanos.
Neste caos em que imerge o “novo” mundo, existem dois grupos de pessoas, os maus (canibais) e os bons (os que transportam o fogo).
Sobreviver é complicado, tudo foi saqueado, mas pai e filho conseguem a muito custo. Estes fazem-se acompanhar de uma pistola, cujas balas estão destinadas unicamente aos dois, (para porem um fim àquele interminável sofrimento) mas será o pai corajoso o suficiente para matar o próprio filho?
A certa altura do livro, parece que também nós sofremos, temos frio e queremos sobreviver, a escrita de Comarc neste sentido é magnífica.
Sendo “cada qual o mundo inteiro do outro” o amor de ambos permitem-lhes ultrapassar horrores. Um verdadeiro hino à sobrevivência tendo por suporte o amor de pai e filho.
Uma LEITURA IMPERDÍVEL!
Sendo “cada qual o mundo inteiro do outro” o amor de ambos permitem-lhes ultrapassar horrores. Um verdadeiro hino à sobrevivência tendo por suporte o amor de pai e filho.
Uma LEITURA IMPERDÍVEL!
Classificação: 6/6 - Excelente
Sua resenha foi excelente! Fica claro tratar-se de um livro profundo e denso. Gostei demais da sinopse, na verdade, gostei mesmo é do seu comentário e suas impressóes durante a leitura.
Dica anotada!!
Bj
Oi!
Já há muito tempo que ando de olho neste livro. Já ouvi maravilhas de Comarc MacCarthy. E depois de uma opinião tão inspirada como tua, subiu para o topo da minha wishlist.
Bjokinha***
Olá!!!
Adorei a dica....
deixei um selinho para vc lá no blog
beijos
Olá, mais uma vez a tua opinião encanta e dá vontade de ir a "correr" ler o livro.
Por isso, pela forma como escreves e descreves os livros que vais lendo tenho um prémio para ti lá no meu espaço "Vale a pena ficar de olho nesse blog" com todo carinho,
beijinhos
Cada vez fico mais curiosa sobre este livro. Do mesmo autor tenho para ler "Meridiano de Sangue"
La Sorcière, Jojo,
Este livro é marcante. Acho que ninguem fica indiferente.
Abraço.
Renata e Carl@,
Obrigado pelos selos :)
Adorei.
Homem do Leme,
Acho que irias gostar bastante de o ler. Quando ao outro "Meridiano de Sangue" também ainda não li, mas também tenho de o ler.
Abraço.
Tens um prémio no meu blogue.
Eu não me canso de afirmar que " A Estrada" foi o melhor livro que li nos últimos 10 anos.
Homem do Leme,
Obrigado pelo selo.
Iceman,
Ficou nos meus preferidos :)
Abraços
Nossa que resenha maravilhosa...
Só por seus registros e emoções já me deu vontade de ler o livro. Dica anotada...
Bj
Paula,
Colocaste-me num impasse: quero ler (pelo que escreveste) e não quero ler (pela profundidade e pelos fantasmas).
Veremos qual vence!
Abraço
Argos,
Espero que vença a leitura, porque vais gostar de certeza.
Mariane,
Que bom que ficou na Wish list :)
Abraços ;)
Ainda não li nada deste autor, apesar de ter na prateleira um livro dele.
Esta tua crítica aguçou-me a curiosidade.
Boas leituras!
Nota: Muito boa música! :)
tonsdeazul,
Por enquanto só li de Comarc este livro, estou de olho num outro dele "Meridiano de Sangue". Adorei a sua escrita.
Abraços
Oi Paula,
Tem um selinho p vc lá no meu blog!
Bjs
Imperdoavelmente (que advérbio horrível) nunca li nada de Cormac. Mas abriste-me o apetite e este já não escapou à minha última incursão na FNAC nem vai escapar ao lugar de topo na mesinha de cabeceira.
Depois digo qualquer coisa, embora seja difícil gostar como tu gostaste; colocaste a fasquia altíssima...
Bia, Miar à chuva,
Obrigado pelos selos :)
Manuel Cardoso,
O livro é simplesmente "SOBERBO", acho que vai gostar também. Fico à espera da sua opinião.
Olá!
esta onda de selinhos! Enfim de indico para um, passe lá.
Beijoss
AMEI seu blog, vou colocá-lo nos links do meu....
Se quiser visitar meu blog, está convidada.
Amo livros e te visitarei sempre.
Um abraço brasileiro
Já não é a primeira vez que uma opinião tão positiva acerca deste livro... no entanto, não ando com vontade de o pegar... :/
O meu selinho das perguntas está à tua espera, todo ele ansioso até aos vertices, por saber as tuas respostas!
:)*
Ainda não li esse autor, mas pelo que contas esse livro parece ser bom mesmo. Coisas de pais e filhos.. emocionante
Eu indiquei seu blog para um selinho. Se tiver interesse, pega la no meu blog.. Bjs
Olá.
Bom nunca ouvi falar muito bem desse livroo.. Mais vc descreveu ele bem.. Me deu interesse de lê-lo.
Criei uma rede social.
E se chama ENCANTADOS!
É....um ponto de encontro para artistas e apreciadores da arte em geral.(MÚSICA, LITERATURA, TEATRO, ARTES VISUAIS..)
Criado pela CIA. ATELIÊ DA COMÉDIA, o espaço visa ajudar divulgar a nossa arte e a arte de outros grupos também, fazendo assim um intercâmbio cultural, mostrando que todos podemos nos unir para fazer da arte um objeto de transformação.
Lá vc pode publicar e trocar conhecimentos com outros artistas..
Visite.
Participe.
E nos ajude a divulgar..Abraçooo
Esse é o link do ENCANTADOS:
http://encantados.ning.com/
Olá!
Deixei um selo lá no blog para ti. Não sei é se já o recebeste...
Bjokinha***
Passa no meu blog, tenho lá um mimo ;) Boas leituras!
Aline A Batistute, Flicka, Dayane Pereira, Jojo, Zebra3,
Obrigado a todas pelos selos, vou passar nos blogues e fazer a recolha :)
Café com Bolo,
Bem vinda ao blogue :)
Sarinha,
Olá, vou passar nos blogue dos encantadosm sim.
Abraços a todos